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Presidente francês avisa que a guerra contra o terrorismo "será longa"

François Hollande prestou esta sexta-feira homenagem ao polícia e sua mulher assassinados no dia 13 em casa por um jihadista

O Presidente francês, François Hollande, prestou hoje homenagem ao polícia e sua mulher assassinados na passada segunda-feira em casa por um 'jihadista', e avisou que "a guerra" contra o terrorismo "será longa".

"Esta guerra será longa. Pôr-nos-á à prova", afirmou Hollande, citado pela agência EFE, num discurso em Versalhes perante os corpos de Jean-Babtiste Salvaing e Jessica Schneider, mortos por arma branca em casa, nos arredores de Paris, vítimas de Larossi Abbala, que reivindicou o ataque em nome do grupo extremista Estado Islâmico.

Numa intervenção perante centenas de polícias, Hollande considerou que os "heróis" assassinados apenas foram o alvo do "fanático" Abbala porque "eram polícias, porque encarnavam a República, porque eram França".

"O crime de Magnaville é uma agressão contra a República, é um novo ataque contra França", disse o Presidente francês, acrescentando que, nos últimos meses, as forças de segurança abortaram "mais de 15 tentativas de atentado".

Hollande assegurou que a França "continuará a sua luta implacável contra o terrorismo com mais determinação", em tributo aos membros do casal, "vítimas de um terrorista possuído pelo ódio".

Toda a França mostrou "indignação" pelas circunstâncias das mortes, sublinhou o chefe de Estado, sobretudo porque teve lugar na presença do filho de ambos, Mathieu, libertado posteriormente quando as forças de segurança abateram Abbala no interior da casa do casal.

Hollande lançou ainda várias mensagens de apoio às forças de ordem, avisando que "nunca [aceitará] que um polícia ou um gendarme seja atacado na missão que exerce" ou "seja objecto de difamação ou de insultos".

A justiça actuará "com maior severidade" em resposta a estes ataques, garantiu Hollande, referindo que os agentes poderão conservar as suas armas quando estiverem fora de serviço, independentemente de vir a terminar o actual estado de emergência terrorista em que a França se encontra.

Por outro lado, confirmou ainda Hollande, os polícias ou guardas nacionais não terão que se identificar com o nome – apenas com o número – quando procederem a diferentes trâmites, como denúncias, por exemplo, para evitar que possam ser identificados pelos potenciais criminosos.

Os investigadores do crime de Magnanville estão a tentar verificar se Abbala escolheu as suas vítimas em resultado de se ter cruzado com elas no seu passado de delinquência.

O Presidente condecorou o casal com a Legião de Honra, a mais alta distinção francesa.

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