"É como dar um doce a uma criança, eles voltam sempre para mais", defendeu Eddie Wilson. "Portugal é quem mais vai perder" com os apoios à empresa, concluiu.
O presidente executivo (CEO) da Ryanair, Eddie Wilson, disse hoje que os contribuintes portugueses nunca vão receber de volta o dinheiro da ajuda estatal à TAP e que acredita que a companhia 'low cost' vai ganhar a contestação ao apoio.
"Portugal é quem mais vai perder com isso [o apoio estatal à TAP]. [...] Os contribuintes portugueses nunca vão receber o dinheiro de volta. É como dar um doce a uma criança, eles voltam sempre para mais", defendeu Eddie Wilson, em conferência de imprensa, acrescentando que esta decisão vai "voltar para assombrar" os políticos que a tomaram.
Para o responsável da companhia aérea de baixo custo ('low cost'), ajudar as companhias aéreas de bandeira "é uma má ideia" e é discriminatório para com as restantes.
"As empresas privadas são mais do que capazes de preencher as lacunas", argumentou o CEO da Ryanair.
Na sua ótica, os governos não devem estar envolvidos nas companhias aéreas, porque, "geralmente, o que acontece é que elas se tornam mais ineficientes".
A Ryanair apresentou uma queixa no Tribunal Geral da União Europeia contra a ajuda estatal aprovada à TAP, argumentando que esta decisão viola regras concorrenciais e de funcionamento do mercado interno, e Eddie Wilson disse estar confiante de que vão "ganhar".
O objetivo da Ryanair é que seja anulada a decisão de 10 de junho, quando o executivo comunitário deu 'luz verde' a um auxílio de emergência português à TAP, um apoio estatal de 1,2 mil milhões de euros para responder às necessidades imediatas de liquidez dada a pandemia de covid-19, com condições predeterminadas para o seu reembolso.
A Comissão Europeia rejeitou as acusações da companhia 'low cost', considerando-as sem fundamento.
Relativamente ao "chumbo" da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) à construção de um novo aeroporto no Montijo, Eddie Wilson considerou que esta "indecisão vai provocar danos enormes na economia portuguesa".
Presidente da Ryanair diz que "portugueses nunca vão receber" dinheiro da TAP
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.