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PJ de Setúbal deteve seis suspeitos de crimes de extorsão em Setúbal e Seixal

04 de maio de 2016 às 13:17
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Segundo a PJ, os suspeitos, quatro homens e duas mulheres de idades compreendidas entre 29 e 46 anos, detidos no Seixal e em Setúbal, pertenciam a três grupos que estavam sob investigação e que se dedicavam à concessão de empréstimos a particulares

A Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal, anunciou hoje a detenção de seis pessoas suspeitas da prática de crimes de usura, extorsão, burla, fraude fiscal e de mercadorias, branqueamento e posse ilegal de armas.

Segundo a PJ, os suspeitos, quatro homens e duas mulheres de idades compreendidas entre 29 e 46 anos, detidos no Seixal e em Setúbal, pertenciam a três grupos que estavam sob investigação e que se dedicavam à concessão de empréstimos a particulares, sobre os quais recaíam taxas de juros mensais exorbitantes, entre 25% e 100% do valor emprestado.

A PJ acrescenta que, em situações de incumprimento, os arguidos "exerciam sobre as vítimas uma pressão inaceitável, estabelecendo penalizações económicas e ameaçando-as de represálias, sob diversas formas".

Na operação com o nome de código "Taxa Variável", que contou com a colaboração da PSP, foram realizadas 16 buscas domiciliárias e não domiciliárias, que culminaram com a apreensão de documentos, quatro armas de fogo, quatro viaturas, cerca de quatro mil euros em numerário, peças em ouro e elevada quantidade de peças de vestuário contrafeito.

Os detidos, que segundo a PJ, não declaravam qualquer tipo de rendimentos à administração fiscal, exibiam sinais exteriores de riqueza e alguns já tinham antecedentes policiais pela prática do mesmo tipo de actividades ilícitas

Os seis arguidos deverão ser hoje presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação de eventuais medidas de coação.

Ajuizando

Naufrágio da civilização

"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".