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Pelo menos 15 mortos em confrontos entre grupos armados na RDCongo

As autoridades locais divulgaram esta segunda-feira que confrontos entre grupos armados numa zona do leste da República Democrática do Congo fez, pelo menos, 15 mortos

Pelo menos 15 pessoas morreram hoje durante confrontos entre grupos armados numa zona do leste da República Democrática do Congo (RDCongo) que é, há várias semanas, palco de fortes tensões étnicas, indicaram esta segunda-feira as autoridades locais.

"Houve confrontos na ladeira de Mukeberwa", na província de Kivu do Norte, "segundo as informações que tenho, entre 15 e 30 pessoas morreram", disse à agência de notícias francesa, AFP, Bokele Joy, administrador do território de Lubero, onde ocorreram os combates.

O responsável acrescentou que lhe era difícil ser mais preciso quanto ao número de vítimas, porque os confrontos se deram numa zona onde "não há nem FARDC (exército da RDCongo), nem polícia nacional congolesa".

De acordo com o administrador, os combates foram provocados pelo ataque da milícia Maï-Maï Nande à aldeia de Mukeberwa, controlada por rebeldes Hutu ruandeses das Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR).

A aldeia situa-se na fronteira ente os territórios de Lubero e de Walikale, no centro-leste do Kivu do Norte, província devastada por conflitos armados desde há mais de 20 anos.

Os Maï-Maï são uma milícia de autodefesa, muitas vezes constituída segundo critérios étnicos.

A tensão é muito elevada entre comunidades Hutu congolesa e Nande no sul do território de Lubero.

Na noite de 6 para 7 de Janeiro, 16 ou 17 Nande, entre os quais as duas mulheres e a filha do "mwami" (líder tradicional) local, foram mortas numa aldeia da região, Miriki, por presumíveis rebeldes Hutu ruandeses das FDLR.

Desde então, várias pessoas morreram em confrontos entre Hutu e Nande naquela zona.

Há vários meses que os líderes Nande da região de Miriki se opõem ao regresso de deslocados Hutu congoleses, que acusam de cumplicidade com as FDLR.

Segundo a Missão da ONU na RDCongo (Monusco) e as autoridades locais, o massacre de Miriki exacerbou as tensões intercomunitárias na região.

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.