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Passos: "Não se pode confundir a árvore com a floresta"

27 de fevereiro de 2015 às 15:18
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Primeiro-ministro falava sobre as demissões na área da saúde à margem de um evento na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

O primeiro-ministro afirmou esta sexta-feira que "é preciso não confundir a árvore com a floresta" nas demissões na área da saúde e que há muitos dirigentes que apesar de toda a pressão mediática continuam "a fazer tudo o que podem".

"Não há cada vez mais pessoas a devolver responsabilidades e a dizer que não querem assumir a responsabilidade pelos resultados, embora continue a haver casos desses", defendeu Pedro Passos Coelho.

O chefe do Governo falava aos jornalistas à margem de uma visita à empresa Science4you, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, depois de questionado sobre a recente demissão de 14 médicos do Hospital do Litoral Alentejano (HLA).

Passos Coelho reconheceu que "as responsabilidades que hoje se exigem a todos os dirigentes da administração pública, mas também na área da saúde, são muito elevadas" e que há pessoas que querem "sacudir um bocadinho essa pressão".

No entanto, sublinhou que "há muitos dirigentes que apesar de toda a pressão, nomeadamente mediática, à volta destas questões, continuam no seu posto a fazer tudo o que podem, sabendo que o país não tem condições ilimitadas para satisfazer as necessidades".

Passos sublinhou várias vezes que o Governo tem procurado "melhorar o quadro de intervenção e responsabilidade de quem está confrontado com problemas tão graves, como é o de satisfazer a procura muito elevada como a que aconteceu nos hospitais", mas defendeu que é preciso "realismo", porque não se pode "oferecer a toda a gente todas as condições".

"Espero que do ponto de vista mediático reportar o que se passa não faça confundir a árvore com a floresta e que de repente não se crie a ideia de que a situação generalizada é de uma situação demissionária no país, que ninguém quer aceitar responsabilidades, que ninguém responde para resolver os problemas, quando o que se passa é contrário", alegou.

Pedro Passos Coelho reiterou que actualmente a rede hospitalar está "mais capitalizada", o que permite às administrações maior facilidade e autonomia nas negociações com "os seus fornecedores".

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