Francisco fez soar o alarme a propósito de uma "lassidão de esperança que nasce da descoberta de uma igreja ferida pelo pecado e que tão frequentemente não soube escutar".
O papa reconheceu este sábado, no Panamá, que a igreja católica, "ferida pelo pecado", não soube ouvir, numa mensagem endereçada a padres e seminaristas no meio de escândalos de abusos sexuais que abalaram a instituição.
Durante uma missa celebrada na Catedral de Santa Maria, no Panamá, Francisco fez soar o alarme a propósito de uma "lassidão de esperança que nasce da descoberta de uma igreja ferida pelo pecado e que tão frequentemente não soube escutar".
Esta mensagem ocorre semanas antes de uma reunião mundial de prelados, muito esperada, sobre a proteção de menores no seio da igreja.
Durante uma conferência de imprensa na véspera, o porta-voz para os assuntos internos do Vaticano, Alessandro Gisotti, assegurou que este tema estava "no centro das preocupações de Francisco".
"Não é o início da batalha, é um caminho de cruz. Provavelmente o pior que podemos imaginar, como foi dito pelo papa Bento XVI e também pelo papa Francisco. Compreendemos que há uma pressão terrível sobre a igreja", concluiu.
A mais recente viagem do papa à América Latina conduziu-o, em janeiro de 2018, ao Chile.
O Presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, disse este sábado que a realização das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) no país fortalece a vocação de este ser ponte entre as nações. "Fortalece a vocação do país a ser uma ponte, não um muro, um país de união, um país de fé, onde estão todas as vocações religiosas do mundo", afirmou Juan Carlos Varela.
O chefe de Estado panamiano falava aos jornalistas após ter participado na basílica catedral Santa Maria la Antigua numa missa presidida pelo papa Francisco, onde, entre outros chefes de Estado, esteve o português Marcelo Rebelo de Sousa.
As declarações ocorreram antes de um encontro entre os chefes de Estado português e panamiano.
Juan Carlos Varela frisou que o Panamá "é um país que une o mundo", referindo-se, entre outras infraestruturas, ao Canal do Panamá, 77 quilómetros de canal que unem os oceanos Pacífico e Atlântico.
"Essa é a nossa vocação, ser um país que une o mundo", destacou, acrescentando que as JMJ "ratificam essa vocação geográfica do país, um país de diálogo de união e de paz".
O chefe de Estado panamiano acrescentou que se a próxima edição das jornadas for em Portugal essas serão as suas quartas jornadas, "em Lisboa e Fátima".
"Mas há que esperar o anúncio formal do papa", acrescentou.
As JMJ são um encontro de jovens de todo o mundo com o papa, num ambiente festivo, religioso e cultural, que mostra o dinamismo da Igreja Católica.
O maior evento da Igreja Católica foi criado pelo papa João Paulo II (1920-2005).
Esta é a quinta vez que as JMJ decorrem no continente americano, depois de Buenos Aires (Argentina, 1987), de onde é natural o papa Francisco, de Denver (Estados Unidos da América, 1993), Toronto (Canadá, 2002) e Rio de Janeiro (Brasil, 2013).
Papa reconhece que igreja “ferida pelo pecado” não soube escutar
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