Sábado – Pense por si

Papa deseja maior inclusão dos jovens

Durante a homilia, Francisco assinalou que as sociedades actuais estão "em dívida" para com os jovens

O papa fez este sábado o balanço de 2016, numa cerimónia em que pediu que se incentive uma maior inclusão dos jovens, para construir um futuro digno, e que se abandone a lógica do privilégio em prol da do encontro e proximidade.

O papa falava durante a celebração das primeiras vésperas da Solenidade de Maria, uma cerimónia solene que decorreu na basílica de São Pedro e na qual se entoou o "Te Deum" de acção de graças pelo ano que termina. Durante a homilia, Francisco assinalou que as sociedades actuais estão "em dívida" para com os jovens e apelou a que se favoreça a sua inclusão.

Segundo o papa, as sociedades "criaram uma cultura que, por um lado, idolatra a juventude querendo fazê-la eterna", mas ao mesmo tempo condena os jovens "a não terem um espaço de inserção real".

"Lentamente, temos vindo a marginalizá-los da vida pública, obrigando-os a emigrar ou a mendigar por empregos que não existem ou não lhes permitem projectar-se num amanhã", lamentou.

"Temos privilegiado a especulação em lugar de empregos dignos e genuínos que lhes permitam ser protagonistas activos na vida da nossa sociedade. Esperamos e exigimos-lhes que sejam fermento do futuro, mas discriminamo-los e ‘condenamo-los’ a bater a portas que na sua grande maioria estão fechadas", adiantou.

Francisco pediu ainda que se rejeite a lógica centrada "no privilégio, nas concessões" e "no amiguismo", defendendo uma "lógica do encontro, da proximidade".

O papa agradeceu "todos os sinais de generosidade divina" e observou que o tempo que está a chegar "exige iniciativas ousadas e promissoras, bem como a renúncia a protagonismos vazios ou a lutas intermináveis para aparecer".

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.