Empresário contesta as conclusões do relatório da Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.
O antigo líder da Ongoing, Nuno Vasconcellos, considera que os negócios da empresa foram feitos "de acordo com as leis portuguesas e com as boas práticas bancárias", numa carta enviada à comissão de inquérito ao Novo Banco.
"Todos os negócios da empresa foram feitos de acordo com as leis portuguesas e com as boas práticas bancárias. Reafirmo que todas as garantias solicitadas pelo BES foram dadas na forma de propriedades cujo valor de mercado era suficiente para cobrir as operações que ficaram em aberto", pode ler-se na missiva a que a Lusa teve acesso.
Na carta, o empresário contesta as conclusões do relatório da Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução.
"Não posso, a bem da verdade, concordar com algumas afirmações e comentários feitos a respeito do depoimento por videoconferência que prestei a essa comissão de inquérito", pode ler-se no início do texto que enviou aos deputados.
A audição ao empresário, que ocorreu no dia 20 de maio, terminou abruptamente por iniciativa do presidente da comissão de inquérito, Fernando Negrão, por considerar que o empresário se recusou "sistematicamente a admitir" que tem dívidas.
Na carta hoje enviada ao parlamento, o empresário afirma, em primeiro lugar, ter sido "surpreendido pelas informações que mereceram uma ampla divulgação na imprensa portuguesa" de que não tinha sido chamado a depor "pelo facto de não ter 'morada conhecida'", dizendo que a sua residência é conhecida das autoridades portuguesas e brasileiras.
Quanto à audição, Nuno Vasconcellos disse ter respondido "a todas as perguntas formuladas" e reagido "a acusações que, além de fugirem ao objeto da Comissão, refletem mais o ponto de vista pessoal de alguns deputados do que os factos sob investigação".
"Não cabe afirmar, portanto, que eu tenha sido 'pouco colaborante, apresentando uma versão da história que não tem adesão à realidade dos factos'. Tudo que fiz foi apresentar argumentos que não coincidem com a narrativa que se tornou preponderante da CPIPRNBIFR", pode ler-se na carta enviada ao parlamento por Nuno Vasconcellos.
O empresário considera ainda ter sido "o maior prejudicado pela interrupção perentória" do seu depoimento em 20 de maio.
"Não fugi a qualquer uma das questões que foram colocadas, nem me recusei a prestar os esclarecimentos solicitados. Da mesma forma, e ao contrário do que afirma o relatório, não quis negar a minha responsabilidade pelas operações da Ongoing", pode ler-se na carta.
O empresário contesta ainda a parte do relatório que refere que houve "uma estratégia de esvaziamento das empresas, retirando-lhes 'know-how', contratos e recursos humanos, subtraindo-lhe ativos, exaurindo-as economicamente e deslocando património para o Brasil, património onde o banco credor nunca conseguiu chegar".
"Isso também não encontra amparo nos factos, nomeadamente no que diz respeito à empresa Realtime, mencionada no relatório. Originalmente constituída no Brasil, essa companhia nunca teve operações em Portugal nem tampouco foi 'esvaziada' por mim", defende Nuno Vasconcellos.
Negócios da Ongoing seguiram "boas práticas bancárias", diz Nuno Vasconcellos
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