Ministro da Defesa Nacional e chefe do Estado-Maior da Armada estiveram reunidos num bar em Lisboa.
O ministro da Defesa Nacional considerou hoje normal que um governante desta área de soberania "tenha assuntos a tratar" com um chefe militar "onde seja", depois de ter sido divulgado um encontro com o almirante Gouveia e Melo.
Pedro Sarmento Costa/Lusa
À saída do congresso da Associação de Auditores de Cursos de Defesa Nacional 2024, que terminou hoje na Academia Militar, na Amadora, Lisboa, Nuno Melo foi questionado pelos jornalistas sobre uma publicação do 'site' "Página Um" que dá conta de um encontro noturno informal entre o ministro e o chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Henrique Gouveia e Melo, num bar na capital.
"É suposto que um ministro da Defesa tenha muitos assuntos a tratar com um chefe [militar]", respondeu Nuno Melo.
Interrogado sobre o facto de o local escolhido para o encontro ter sido um bar, o ministro e líder do CDS-PP acrescentou: "Onde seja, onde seja".
De acordo com a publicação da "Página Um", que inclui várias fotografias, o encontro informal, que não foi divulgado à comunicação social, decorreu num bar em Lisboa, tendo o almirante aparecido "à civil".
Na terça-feira, à margem do primeiro dia do congresso que decorreu na Academia Militar, o almirante Henrique Gouveia e Melo foi interrogado sobre o facto de dezembro não ser apenas o mês no qual se assinala o Natal mas também a data do final do seu mandato à frente da Armada, e se uma mudança à frente do ramo poderia ser prejudicial face ao atual contexto internacional.
"Dezembro é realmente um mês de celebração natalícia e é o que eu vou fazer. Vou fazer as celebrações natalícias como sempre fiz na minha vida até agora", respondeu.
Já sobre se as sondagens se o encorajam a avançar para uma eventual candidatura à Presidência da República, afirmou: "Eu já disse uma vez que não tomo decisões com base nem em sondagens nem noutro processo, tomo em termos do que é a minha consciência. Mal ou bem, será a minha consciência que ditará as decisões que devo tomar".
No passado dia 4 de setembro, em entrevista à RTP3, o almirante Henrique Gouveia e Melo deixou no ar a possibilidade de concorrer às próximas eleições presidenciais ao recusar-se expressamente a "dizer não" a essa possibilidade.
O almirante Henrique Gouveia e Melo, que coordenou a equipa responsável pelo plano de vacinação nacional contra a covid-19, tomou posse como chefe do Estado-Maior da Armada em 27 de dezembro de 2021, e está prestes a cumprir os três anos de mandato.
Nos termos da Constituição, compete ao Presidente da República nomear e exonerar, sob proposta do Governo, o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armada (CEMGFA) e os chefes dos três ramos militares.
A Lei Orgânica de Bases da Organização das Forças Armadas estabelece que o CEMGFA e os chefes de Estado-Maior dos ramos são nomeados "por um período de três anos, prorrogável por dois anos, sem prejuízo da faculdade de exoneração a todo o tempo e da exoneração por limite de idade".
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