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Livre: o partido ecologista, feminista e antirracista

07 de outubro de 2019 às 01:10
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O partido que chegou pela primeira vez à Assembleia da República defende o aumento do salário mínimo para 900 euros.

O Livre, que no domingo elegeu pela primeira vez uma deputada, assume-se como um partido ecologista, feminista e antirracista, defendendo quotas étnico raciais e o aumento do salário mínimo para 900 euros.

Joacine Katar Moreira conquistou o primeiro mandato de deputada para o partido fundado por Rui Tavares em 2014, e que concorreu pela primeira vez às legislativas de 2015.

Nas eleições legislativas de domingo, o Livre passou dos 39 mil votos alcançados em 2015 para 55 mil, dos quais mais de 22 mil no círculo de Lisboa.

O Livre defende o alargamento da nacionalidade para os filhos de imigrantes, através da atribuição imediata da nacionalidade portuguesa aos nascidos em Portugal, assim como a criação de quotas étnico raciais.

Em entrevista à agência Lusa durante a pré-campanha eleitoral, Joacine Katar Moreira defendeu esta medida para "reduzir assimetrias estruturais que só com dezenas de anos é que iam ser resolvidas".

"O ideal era que não fossem necessárias quotas para as pessoas que não estão em Portugal, continental, o ideal era que não fossem precisas quotas para pessoas com deficiência, o ideal era que também não fossem necessárias quotas para mulheres. Isto no mundo ideal, só que infelizmente não vivemos no mundo ideal", salientou a então candidata, acrescentando que, "se existem essas quotas, é natural que também seja necessário a existência de quotas étnico raciais".

No plano económico, o Livre defende "um aumento do ordenado mínimo nacional para os 900 euros", salientando que este valor "é aquilo que hoje em dia dá a hipótese a um indivíduo de viver" porque "ninguém vive com um ordenado de 600 euros".

Na ecologia, o Livre defende "um novo pacto verde, um 'new deal' para o ambiente", como foi proposto pela congressista norte-americana do Partido Democrata Alexandria Ocasio-Cortez, considerando que o tema deve ser "olhado de forma igualmente interseccional".

Durante a última greve climática, o Livre associou-se ao protesto dos estudantes e Joacine Katar Moreira pediu um orçamento para atacar o problema das alterações climáticas.

"Hoje em dia é insuficiente nós nos mostrarmos conscientes sobre a emergência climática. É preciso que o Estado disponibilize [recursos], com o apoio da União Europeia, com o apoio das entidades, e coloque a urgência climática enquanto uma das urgências número um de qualquer orçamentação do Estado", disse então Joacine Katar Moreira .

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