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Kiev acusa Rússia de roubar centenas de milhares de toneladas de cereais

30 de abril de 2022 às 16:47
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Nos territórios controlados pelos russos estão armazenadas um milhão e meio de toneladas de cereais.

O Governo ucraniano acusou hoje a Rússia de estar roubar centenas de milhares de toneladas de cereais nos territórios ocupados por forças de Moscovo no leste e no sul do país.

O vice-ministro da Política Agrária, Taras Vysotsky, disse que as tropas russas confiscaram "várias centenas de milhares de toneladas" e acrescentou recear que roubem também o resto, em declarações à agência ucraniana de notícias, a RBC, citadas pela agência espanhola Efe.

Vysotsky disse que nos territórios controlados pelos russos estão armazenadas um milhão e meio de toneladas de cereais, e afirmou que era de esperar que as tropas roubem a maior parte.

Na semana passada, o portal de informação ucraniano LB tinha escrito que na região de Kherson, sob controlo russo, as forças de Moscovo só permitem aos agricultores trabalhar se derem 70% da produção da sua futura colheita.

A guerra na Ucrânia foi um duro golpe para as exportações de trigo e outros cereais, com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) a afirmar que o conflito é o principal motivo pelo qual os preços atingiram o valor mais alto desde 1990.

Antes da invasão da Rússia, 24 de fevereiro, a Ucrânia exportava mensalmente cinco milhões de toneladas de produtos agrícolas através dos portos de Odessa e Mikolaiv, que agora estão bloqueados.

A Ucrânia era o terceiro maior exportador mundial de cevada e estava em quarto e quinto lugar das maiores exportações de aveia e milho, respetivamente.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou cerca de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 12 milhões de pessoas, das quais mais de 5,4 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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