Sábado – Pense por si

Iraque: futuro de Mossul discutido hoje em Paris

França e Iraque organizam hoje em Paris uma conferência de duas dezenas de países para "preparar o futuro político de Mossul", cidade iraquiana controlada pelo grupo extremista Estado Islâmico que está a ser alvo de uma ofensiva internacional

França e Iraque organizam hoje em Paris uma conferência de duas dezenas de países para "preparar o futuro político de Mossul", cidade iraquiana controlada pelo grupo extremista Estado Islâmico que está a ser alvo de uma ofensiva internacional.

"É preciso antecipar, preparar 'o dia seguinte', e a estabilização de Mossul depois da batalha militar", afirmou o chefe da diplomacia francesa, Jean-Marc Ayrault, ao anunciar a reunião na terça-feira. O ministro não fez qualquer menção ao Irão, país influente no conflito no Iraque.

O governo do Iraque anunciou na segunda-feira uma operação militar das forças iraquianas, apoiadas pelos 60 países que integram a coligação internacional contra o Estado Islâmico liderada pelos Estados Unidos, para recuperar Mossul (norte), segunda principal cidade do país, tomada pelos jihadistas do Estado Islâmico em Junho de 2014.

O ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, avisou que a batalha para retomar Mossul aos jihadistas pode prolongar-se por meses.

Pode ser uma longa batalha, não se trata de uma 'guerra-relâmpago'...", disse Le Drian aos jornalistas em Paris um dia após o início da ofensiva. "É uma cidade de 1,5 milhões de habitantes, é portanto um caso de longa duração, diversas semanas, talvez meses", assinalou.

O ministro francês insistiu na importância de a coligação internacional, designadamente a França, apoiar as forças iraquianas na retoma do bastião jihadista.

Também o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu, na terça-feira, que a ofensiva para reconquistar Mossul, será "uma batalha difícil".

"Mossul será uma batalha difícil. Haverá avanços e recuos", alertou o chefe de Estado norte-americano.

A ofensiva envolve cerca de 30.000 homens, a maior operação militar no Iraque desde a retirada das tropas norte-americanas em 2011.