Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores das Funções Públicas e Sociais disse ter questionado o Governo "há um ano" sobre a falta de meios no Serviço Nacional de Saúde e que apenas existiu uma "ausência de resposta"
A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores das Funções Públicas e Sociais alertou, esta quarta-feira, para a falta de 6 mil auxiliares de saúde, nos hospitais e centros de saúde, e acusou o ministro de ser "um saco de falsas promessas".
"Identificámos cerca de seis mil auxiliares de saúde em falta nos hospitais e centros de saúde", e os portugueses vão sentir isso "agora, nos picos normais de gripe e de outros sintomas", que vão levar a que "os tempos de espera no hospital voltem outra vez a ser humilhantes para um País que se diz desenvolvido, um país da Comunidade Europeia", disse Luís Pesca, dirigente nacional daquela federação, em conferência de imprensa, no Porto.
O dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores das Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) disse aos jornalistas ter questionado o Governo "há um ano" sobre a falta de meios no Serviço Nacional de Saúde, e que apenas existiu uma "ausência de resposta". "Este ministro [Adalberto Campos Fernandes] é um saco de falsas promessas, porque não é só a questão do Instituto Nacional de Emergência Médica [INEM], mas também aquilo que se passa a jusante do INEM. O próprio Serviço Nacional de Saúde [SNS] tem uma terrível falta de meios, não só de médicos e enfermeiros, mas também de auxiliares, de técnicos de diagnóstico e terapêutica, de administrativos", acusou Luís Pesca, dirigente da federação, que, segundo disse, agrega 60 mil pessoas.
Luís Pesca sugeriu ao ministro da Saúde para deixar "de aparecer nas cerimónias" e passar a reunir-se com os sindicatos, para ouvir as "reivindicações dos trabalhadores" e para lhes dar uma resposta. "Que se deixe de falsas promessas. Os portugueses merecem um ministro da Saúde que dê resposta ao problema do SNS e que não continue a pôr a mão nos bolsos e fazer de conta que nada acontece. É necessário reverter este processo e haver espaço ao diálogo e à resolução dos problemas", apelou o sindicalista.
Luís Pesca informa ainda que não está fora de questão "uma grande acção de luta para Janeiro", que "passará por um momento de greve de todos os trabalhadores da saúde, [devido] à ausência de resposta no que diz respeito à negociação das carreiras, à ausência de resposta à contratação de novos efectivos e, no fundo, a dignificação daquilo que é ser trabalhador da saúde".
Segundo o sindicato, há trabalhadores da saúde que têm "centenas de horas de dias em dívida de trabalho suplementar" que não foi pago, nem é possível compensar em tempo. "Os trabalhadores da saúde não podem ser escravos, não podem ter trabalho gratuito e têm de ser recompensados por aquilo que fazem de bem à nossa sociedade".
"Este ministro tem de parar as falsas promessas e concretizar aquilo que são as reivindicações dos trabalhadores da saúde", sugere novamente Luís Pesca, reiterando que aquela Federação Nacional não pode "tolerar" a situação do INEM que é nacional.
"A dificuldade da operacionalidade dos trabalhadores do INEM e daquilo que é a missão do INEM está posta em causa em todo o território nacional. São vários os exemplos de chamadas que não são atendidas, de meios que são deslocados para sítios que não são os correctos e isto não pode continuar a acontecer", continuou Luís Pesca, reiterando "este ministro e este secretário de Estado deste Governo habituaram esta federação a prometer e a não cumprir nada".
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) está a demorar atender algumas chamadas "mais de três minutos" para quem pede socorro, em vez dos sete segundos aconselhados pelos manuais mundiais, denunciou, esta quarta-feira, o Sindicato da Função Pública do Norte.
Hospitais e centro de saúde têm "6 mil funcionários em falta"
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.