Líderes de França, Alemanha e Itália vão discutir terrorismo e imigração na ilha de Ventotene
O presidente francês, achanceleralemã e o primeiro-ministro italiano reúnem-se na segunda-feira em Itália para discutirem os problemas do terrorismo e da imigração e preparar as próximas etapas chave para o futuro da União Europeia.
Esta reunião realiza-se na ilha italiana de Ventotene, depois de uma outra que juntou François Hollande, Angela Merkel e Matteo Renzi em Junho em Berlim, após o referendo que decretou a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), e na qual foram propostos como núcleo duro para definir as linhas mestras que a UE deve seguir, caso não queira fracassar.
O encontro de segunda-feira tem como objectivo principal preparar a cimeira dos líderes europeus de 16 de Setembro, em Bratislava, capital da Eslováquia.
O cenário será uma ilha de valor simbólico para a Europa, já que ali se firmou, em 1941, o Manifesto de Ventotene, cujo título é "Por uma Europa livre e unida", um documento visionário e precursor da EU, redigido pelos italianos Altiero Spinelli, Ernesto Rossi e Eugenio Colorni.
Depois de visitarem o túmulo de Spinelli, os líderes europeus irão deslocar-se no porta-aviões Garibaldi, para reforçar as linhas já definidas em Berlim para construir uma Europa capaz de garantir a segurança dos seus países e que dê uma maior atenção às políticas dedicadas à juventude e ao crescimento.
Segundo Matteo Renzi, a cimeira servirá para superar os medos que surgiram com o 'brexit' (saída do Reino Unido do bloco comunitário) e "lançar uma luva" de desafio para mudar a UE.
Uma das prioridades desta reunião será a da segurança interior e exterior, que será posta na mesa sobretudo por Hollande, tendo em conta os mais recentes atentados jihadistas em França.
Serão analisados projectos como a criação de um corpo europeu de guarda fronteiriça ou a implementação de um controlo sistemático de identificação de entrada e saída de pessoas da União Europeia.
Renzi irá colocar a discussão o projecto "Estratégia Global sobre Política Exterior e de Segurança da União Europeia", apresentado pela alta representante nesta matéria, Federica Mogherini.
O primeiro-ministro italiano quer também que se discuta o seu projecto "Migration Compact", que consiste em conceder ajudas aos países africanos que estão na origem ou trânsito de refugiados, em troca de uma ajuda na redução dos fluxos migratórios para a Europa, e que conta com o aplauso do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.
Os mandatários adiantaram em Berlim que a prioridade da UE deve ser a juventude, com novos programas de mobilidade e melhoria no acesso ao emprego, assunto que deverá ser um dos principais em Ventotene.
A cimeira irá realizar-se sob fortes medidas de segurança, com limitação do acesso de turistas a Ventotene, encerramento do espaço aéreo e uma numerosa presença policial na pequena ilha.
François Hollande, Angela Merkel e Matteo Renzi irão chegar a Ventotene cerca das 17 horas locais (16 horas em Lisboa) e, após um passeio e visita ao túmulo de Spinelli, irão deslocar-se até ao local onde vão dar uma conferência de imprensa, prevista para as 18 horas locais (17 horas em Lisboa).
A reunião realiza-se depois da conferência de imprensa, durante um jantar, oferecido pelo governo italiano, que deverá terminar pelas 21 horas locais (20 horas em Lisboa).
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.