Valdemar Alves, num esclarecimento ao Tribunal Judicial de Leiria, garantiu que não delegou a responsabilidade "absolutamente a ninguém, nem formalmente, nem informalmente".
O ex-presidente da Câmara de Pedrógão Grande, Valdemar Alves, assumiu esta manhã no Tribunal Judicial de Leiria, a responsabilidade na gestão das faixas de gestão de combustível no concelho na sequência dos incêndios de junho de 2017.
"A responsabilidade era minha e usei todos os meios ao meu alcance. Não a deleguei absolutamente a ninguém, nem formalmente, nem informalmente", afirmou Valdemar Alves, num esclarecimento ao Tribunal Judicial de Leiria antes de começaram as alegações finais.
O ex-autarca justificou o esclarecimento com as declarações que prestou em fase de inquérito e que depois foram ouvidas em sede de julgamento, referindo que não quis atribuir "qualquer responsabilidade, fosse a quem fosse".
Valdemar Alves, de 73 anos, detinha a responsabilidade pela coordenação da gestão e manutenção dos espaços florestais e pela Proteção Civil do Município do distrito de Leiria, de acordo com o despacho de acusação.
Está em julgamento por sete crimes de homicídio e quatro de ofensa à integridade física, três dos quais graves, todos por negligência.
Ao arguido, enquanto responsável camarário por sete vias onde ocorreram mortes e feridos, são imputadas responsabilidades por não ter procedido, "por si ou por intermédio de outrem, ao corte/decote das árvores e vegetação existentes nos terrenos que as ladeavam, em conformidade com o legalmente estipulado".
Considera o Ministério Público que agiu sem "o cuidado devido, por imprevidência e imprudência, omitindo os procedimentos elementares necessários à criação/manutenção da faixa de gestão de combustível naquelas vias".
Em julgamento estão 11 arguidos, incluindo o ex-vice-presidente da Câmara de Pedrógão Grande José Graça e a então responsável pelo Gabinete Florestal deste município, Margarida Gonçalves.
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