O tenente-general Martins Pereira, ex-chefe de gabinete do ministro Azeredo Lopes, começou hoje a ser interrogado por procuradores do Ministério Público.
O tenente-general Martins Pereira, ex-chefe de gabinete do ministro Azeredo Lopes, começou hoje a ser interrogado por procuradores do Ministério Público nas instalações da Polícia Judiciária, em Lisboa, no âmbito do processo de recuperação das armas furtadas deTancos.
Uma hora depois da hora prevista para o início do interrogatório (10:00 horas), uma funcionária do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) informou os jornalistas que o interrogatório de Martins Pereira, "por uma questão de logística, estava a decorrer na Polícia Judiciária", cujas instalações ficam em frente ao DCIAP.
O ex-chefe de gabinete do ministro da Defesa admitiu a 4 de Outubro que recebeu em Novembro o coronel Luís Vieirae o major Vasco Brazão, ambos arguidos no processo, mas nunca percebeu qualquer "indicação de encobrimento de eventuais culpados do furto de Tancos".
"Cumpre-me informar, em abono da minha honra e da verdade dos factos, que efectivamente recebi o Sr. coronel Luís Vieira [director da Polícia Judiciária Militar] e o Sr. major Brazão [porta-voz da Política Judiciária Militar], no meu gabinete, em Novembro de 2017", refere António Martins Pereira, numa declaração escrita, enviada por email à Agência Lusa na ocasião.
O ex-chefe de gabinete do ministro Azeredo Lopes acrescenta que, "nessa ocasião ou em qualquer outra", não lhe "foi possível descortinar qualquer facto que indiciasse qualquer irregularidade ou indicação de encobrimento de eventuais culpados do furto de Tancos".
O general disse ainda que comunicou ao DCIAP que estava "disponível para ser ouvido, no âmbito deste processo", sobre aquilo de que tem conhecimento.
Martins Pereirafoi chefe de gabinete do ministro da Defesa Nacional entre 7 de Dezembro de 2015 e 11 de Janeiro de 2018 e é, desde 15 de Janeiro, adjunto do Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas para o Planeamento e Coordenação.
A Polícia Judiciária deteve, a 25 de Setembro, o director e outros três responsáveis da PJM e um civil e três elementos do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé.
Para o Ministério Público, existem "factos susceptíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, recetação, detenção de arma proibida e tráfico de armas".
O furto de material militar dos paióis de Tancos - instalação entretanto desactivada - foi revelado no final de Junho de 2017. Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.
As armas foram recuperadas pela PJM em Outubro de 2017, estando agora o caso em investigação.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.