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Situação pode causar subida de preços em alguns produtos, mas é distinta dos problemas na cadeia de abastecimento que conduziram ao aumento da inflação.
As tensões no Mar Vermelho poderão levar a uma ligeira subida dos preços na Europa, mas o fenómeno deverá ser temporário, não conduzindo a um novo aumento da inflação, segundo os analistas consultados pela Lusa.
REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo
Os analistas admitem que a subida dos fretes se irá traduzir em matérias-primas mais caras, com repercussões nos preços de alguns produtos, mas uma situação bastante distinta da crise nas cadeias de abastecimento durante a pandemia e que contribuiu para o aumento da inflação.
"Claro que ao subir os preços dos fretes, acaba por ser inflacionista, mas temos de reconhecer que não é um fenómeno global e por isso tem impacto limitado", explica o presidente da IMF -- Informação de Mercados Financeiros, Filipe Garcia.
O economista explica que, "ao contrário do que sucedeu durante e após o período da pandemia, não estamos perante algo generalizado ou que afete o funcionamento dos portos".
"Também não há, de momento, registo de escassez de navios. Portanto, é algo que afeta as cadeias de abastecimento, mas não de forma global", aponta.
Filipe Garcia considera que a pandemia também trouxe lições de adaptação das cadeias de abastecimento, pelo que acredita ser provável que estas se adaptem de forma mais rápida a esta nova normalidade.
Os ataques com 'drones' e mísseis lançados desde 19 de novembro contra navios comerciais pelos houthis têm levado ao alongamento dos itinerários de transporte e ao aumento dos fretes, com destaque para a rota que liga a China à Europa.
"As taxas de frete de Xangai para Génova, Roterdão, Los Angeles ou Nova Iorque duplicaram em apenas um mês, desde meados de dezembro, aquando dos primeiros ataques dos houtis aos navios no Mar Vermelho", aponta o economista sénior do Banco Carregosa, Paulo Rosa.
Ainda assim, para o economista "não é esperada uma considerável escalada dos preços novamente" devido a esta crise, ainda que considere "muito provável uma repercussão pontual em alta da taxa de inflação".
Neste cenário, admite um adiamento "do início de um novo ciclo de baixa das taxas de juro pelo Banco Central Europeu (BCE), tão aguardado pelos investidores perante o forte abrandamento da economia da zona euro e a recessão na Alemanha".
"Adicionalmente, a inflação ainda continua bem ancorada em níveis acima do objetivo dos 2% do BCE, suportada pelos efeitos de segunda ordem como aumento de salários e manutenção ou subida das margens das empresas, afastando a possibilidade de um corte das taxas de juro mais cedo do que o aguardado", refere.
O impacto dos ataques começa a sentir-se ligeiramente em alguns setores, com a diminuição de 'stocks' de algumas peças.
O presidente executivo da Optimize, Pedro Lino, destaca que se tem assistido à "substancial" redução na passagem diária de navios para quase um terço, afetando desde o transporte de petróleo aos contentores.
"É possível que alguns produtos tenham impacto na subida de preços devido ao maior custo de transporte ou constrangimentos na oferta", admite, apontando para uma descida dos juros pelo Banco Central Europeu (BCE) a partir de junho.
Segundo o analista, "apesar destes constrangimentos na oferta, o forte abrandamento da economia europeia irá obrigar o BCE à redução de juros".
Por seu lado, Filipe Garcia assinala ainda que as tensões no Médio Oriente "ao dificultar as exportações chinesas e de outros países asiáticos, contribui para um abrandamento económico, o que será em última análise deflacionista".
Os houthis alegam que os seus ataques visam parar a guerra de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza e reivindicam ataques contra alvos com ligação a Israel.
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