Lula da Silva discursará ao Congresso Nacional, numa sessão liderada pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco.
A Esplanada dos Ministérios em Brasília começou a encher-se de vermelho, num autêntico Carnaval fora de horas para a tomada de posse de Lula da Silva como novo presidente do Brasil.
REUTERS/Amanda Perobelli
"O Festival do Futuro", organizado pela mulher de Lula da Silva arrancou oficialmente às 10h (13h em Lisboa) com um cortejo realizado por povos das culturas populares e tradicionais do gigante lusófono como o toré, o bumba meu boi, o afoxé, maracatus, fanfarras, violeiros, grupos de capoeira, samba rural, blocos de frevo, blocos de Carnaval, blocos Afros, povos originários, povos de matrizes africanas, entre outros.
De Olinda, cidade do estado de Pernambuco com um dos mais famosos carnavais do país, veio um grupo de mais de 50 pessoas, de carro, avião, ou autocarro. Tudo vale a pena "porque o Brasil voltou", conta à Lusa a pernambucana Rita.
"Este Bloco foi fundado em 1977, ainda durante a ditadura militar. E Carnaval é política, só a gente sabe o que passou nos últimos quatro anos. Olinda sempre se manteve ao lado de Lula e da democracia", disse, a nordestina, uma região onde Lula conquistou 69,34% dos votos válidos, sendo a única região onde o candidato do PT registou mais votos que Bolsonaro, numa eleição decidida por pouco mais de dois milhões de votos, a mais equilibrada da história do gigante lusófono, com mais de 220 milhões de habitantes.
"Faça um Governo à altura dele, que combate a desigualdade e que dê dignidade ao povo do nordeste", rematou Rita.
Um pouco mais atrás, ainda a chegar à multidão, um grupo de jovens brasilienses vão andado de óculos escuros vestidos, a tapar os sinais da madrugada da passagem de ano. Um pára por dois segundos e diz aos amigos: "Sentiam o cheiro, já cheira a democracia".
"Tu vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais", canta-se ao entre a multidão que vai marchando ao ritmo dos blocos de carnaval.
Às 10h30 começou a no palco Elza Soares, um dos dois palcos montados para acolher mais de 60 artistas que vão atuar até de madrugada.
"Brasília, Capital de Todos os Ritmos" foi o mote inicial do arranque deste palco, inspirado na capital federal, "que nasce da participação de povos que migraram de todos os cantos do Brasil e que vibra com MPB, pop, samba, rock, sertanejo, maracatu, reggae, rap, funk e outros ritmos".
Resta agora à multidão de vermelho ir festejar e dançar até às 12h30, altura em que Lula da Silva e o seu vice-presidente, Geraldo Alkimin, entram em cena com um cortejo com início na Esplanada dos Ministérios, até ao Palácio do Congresso Nacional, sede da Câmara dos Deputados e do Senado.
Aí, no Palácio do Congresso Nacional, é onde se concretiza a tomada de posse, prestando o "compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil", de acordo com a Constituição brasileira.
Lula da Silva discursará ao Congresso Nacional, numa sessão liderada pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco.
Depois desta sessão solene, às 16h20 (19h20 em Lisboa), o já presidente brasileiro, Lula da Silva, receberá a faixa presidencial, que desta vez não será entregue pelo seu antecessor, Jair Bolsonaro.
O chefe de Estado cessante, que cumpriu um mandato, partiu na sexta-feira para os Estados Unidos, onde deverá ficar hospedado num 'resort' em Palm Beach, propriedade do ex-presidente norte-americano Donald Trump, e desta forma falhará a cerimónia de posse que é marcada pelo momento da entrega da faixa presidencial, pelo presidente cessante ao seu sucessor, um gesto simbólico que tem sido respeitado por todos os presidentes desde que o Brasil recuperou a democracia em 1985, após 21 anos de ditadura.
De seguida, Lula da Silva desloca-se ao Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, para acolher uma receção com vários convidados estrangeiros de mais de 65 delegações estrangeiras, entre os quais chefes de Estado, vice-presidentes, chefes da diplomacia, enviados especiais e representantes de organismos internacionais.
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e o antigo primeiro-ministro e amigo pessoal de Lula da Silva, José Sócrates, marcarão presença nas celebrações.
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