José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal, admite que a situação política do Brasil não deixa "ninguém indiferente"
O presidente do Comité Olímpico de Portugal admitiu esta terça-feira que a actual crise política no Brasil "não deixa ninguém indiferente", mas considerou que a mesma não deverá ter grande influência nos Jogos Olímpicos Rio 2016.
"A crise [política] não deixa ninguém indiferente, mas o Comité Olímpico Internacional [COI] tem dado indicações de que tudo está a correr dentro do previsto", disse José Manuel Constantino, à margem da conferência "Alto rendimento desportivo, projecto olímpico e paralímpico Rio 2016 e desafios para os próximos ciclos olímpicos", que decorreu em Lisboa.
Constantino reconheceu que a crise - criada pelo pedido de destituição da actual presidente, Dilma Rousseff - "causa alguma preocupação", mas espera que a influência nos Jogos, que decorrem de 5 a 21 de Agosto, "seja mínima".
A pouco mais de três meses do início da competição, e com 61 atletas já apurados, o presidente do COP mostrou-se convicto de que o objectivo de ultrapassar os 76 atletas que marcaram presença em Londres 2012 vai ser conseguido.
"Queremos ultrapassar os 76 atletas que tivemos em Londres 2012 e o número de modalidades, que foram 13. Face ao número de atletas já apurados, essa expectativa mantêm-se", afirmou.
José Manuel Constantino lamentou a recente suspensão da acreditação do Laboratório Antidopagem de Portugal, lembrando que "há algum tempo que o COP tem alertado para os problemas no laboratório".
O presidente do COP considerou que agora "é tempo de deitar mãos ao trabalho para recuperar a credibilidade daquele que já foi um dos melhores laboratórios do mundo".
A Agência Mundial Antidoping (AMA) suspendeu na sexta-feira a acreditação do laboratório de Lisboa, proibindo-o de realizar qualquer análise de urina e sangue.
A falta de independência do laboratório, os atrasos dos resultados dos relatórios e falhas na aplicação de métodos obrigatórios para detecção de substâncias foram alguns dos problemas apontados pela AMA e que já tinham sido comunicados à Autoridade Antidopagem de Portugal.
Crise brasileira causa "alguma preocupação", diz presidente do COP
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Talvez não a 3.ª Guerra Mundial como a história nos conta, mas uma guerra diferente. Medo e destruição ainda existem, mas a mobilização total deu lugar a batalhas invisíveis: ciberataques, desinformação e controlo das redes.
Ricardo olhou para o desenho da filha. "Lara, não te sentes confusa por teres famílias diferentes?" "Não, pai. É como ter duas equipas de futebol favoritas. Posso gostar das duas."