Primeiro-ministro foi confrontado com a moção de estratégia da direcção do Bloco de Esquerda que alerta para os riscos de uma deriva presidencialista no país
O secretário-geral do PS defendeu hoje que todos os órgãos de soberania têm demonstrado "perfeita compreensão" da natureza das suas funções, com concertação institucional, considerando também "normal" que o Presidente da República irradie felicidade e não azedume.
António Costa falava aos jornalistas na sede nacional do PS, em Lisboa, após ser confrontado com a moção de estratégia da direcção do Bloco de Esquerda que alerta para os riscos de uma deriva presidencialista no país.
O secretário-geral do PS recusou-se a fazer comentários sobre o teor deste documento que a direcção do Bloco de Esquerda vai levar a discussão na sua convenção, mas sustentou que o país atravessa agora uma conjuntura de cooperação institucional.
"A avaliação que fazemos deste momento institucional é que todos os órgãos de soberania têm tido uma perfeita compreensão da natureza das suas funções. Temos tido um momento que penso que todos os portugueses tinham saudades, havendo um escrupuloso exercício e respeito pelas funções de cada um, numa concertação institucional que é benéfica para que o país ganhe confiança no futuro e se concentre nos seus principais desafios", advogou o líder dos socialistas e primeiro-ministro.
Interrogado se concorda com a análise feita pelo líder do PSD, Pedro Passos Coelho, de que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, irradia felicidade, o secretário-geral do PS considerou esse sentimento "normal".
"Como ele [Presidente da República] disse, mal estaria era se irradiasse azedume. Acho aliás que já não há azedume que sobre do país para mais alguém irradiar, para além daquele que o irradia todos os dias", declarou, aqui numa alusão crítica indirecta a Pedro Passos Coelho.
Costa defende que há "perfeita compreensão" entre órgãos de soberania
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