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Corpo de empresário dissolvido em 500 litros de ácido

17 de novembro de 2016 às 17:09
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Os sete arguidos estão acusados dos crimes de associação criminosa, furto qualificado, falsificação ou contrafacção de documentos, sequestro, homicídio qualificado, profanação de cadáver e incêndio

O Ministério Público acusou sete arguidos de matar um empresário de Braga e de dissolver o cadáver em 500 litros de ácido sulfúrico. Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República acrescenta que os arguidos estão acusados dos crimes de associação criminosa, furto qualificado, falsificação ou contrafacção de documentos, sequestro, homicídio qualificado, profanação de cadáver e incêndio. Três daqueles arguidos vão ainda responder pelo crime de detenção de arma proibida.

 

De acordo com a acusação, aqueles sete arguidos "organizaram-se entre si, criando uma estrutura humana e logística, com o propósito de sequestrar um empresário de Braga, de o matar e de fazer desaparecer o seu cadáver". Com isso, pretendiam "impedir de reverter um estratagema" mediante o qual o património dos pais da vítima fora passado para uma sociedade controlada por dois dos arguidos.

 

Na execução daquele propósito, e depois de terem monitorizado as rotinas da vítima, quatro dos arguidos dirigiram-se, a 11 de Março, a Braga, em dois veículos automóveis roubados no Porto, numa empresa de comércio de veículos automóveis. "Abordaram o empresário por volta das 20h30, meteram-no no interior de um dos veículos automóveis e levaram-no para um armazém, em Valongo, onde o mataram por estrangulamento, acabando por dissolver o cadáver em quinhentos litros de ácido sulfúrico, já noutro armazém, sito em Baguim do Monte", acrescenta o comunicado.

 

Aqueles sete dos arguidos, entre os quais dois advogados, estão em prisão preventiva. "Apesar da excepcional complexidade de que indiscutivelmente se revestia, a investigação, a cargo da Polícia Judiciária e dirigida pelo Ministério Público, foi concluída no prazo de oito meses, sem que fosse suscitada qualquer prorrogação de prazos", sublinha a Procuradoria.

 

O processo tem mais dois arguidos, um dos quais é acusado dos crimes de falsificação ou contrafacção de documento e de incêndio, e o outro de furto qualificado.

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