Primeiro-ministro assinala que Portugal conseguiu em dois anos encerrar as suas centrais a carvão, está a acelerar toda a sua transição energética e possui "uma política sustentada de investimento no transporte público urbano e na ferrovia à escala nacional".
O primeiro-ministro discursa hoje perante a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27) para transmitir que Portugal não abranda metas ambientais por causa da crise energética e até antecipa para 2045 o objetivo da neutralidade carbónica.
REUTERS/Nacho Doce
Esta deverá ser uma das linhas da intervenção de fundo que António Costa fará ao final desta manhã, em Sharm el-Sheikh, no Egito, no seu segundo e ultimo dia de participação na COP27 -- cimeira que se prolongará até ao próximo dia 18.
"O objetivo não é somente alcançarmos a neutralidade carbónica em 2050 -- e fomos o primeiro país do mundo a assumir essa meta na COP de Marraquexe [em 2016] -, mas também fazermos tudo para antecipar para 2045 esse resultado", declarou António Costa na segunda-feira, quando falava à agência Lusa e RTP sobre os seus principais objetivos para esta cimeira do clima.
De acordo com o líder do executivo português, o país está em condições de assumir essa nova meta de atingir a neutralidade carbónica e 2045 e não apenas em 2050, já que conseguiu em dois anos encerrar as suas centrais a carvão, está a acelerar toda a sua transição energética e possui "uma política sustentada de investimento no transporte público urbano e na ferrovia à escala nacional".
António Costa apontou também que Portugal definiu "uma estratégia nacional para o hidrogénio que vai auxiliar a indústria, até hoje bastante dependente do gás natural". Este tema do hidrogénio verde, de resto, estará hoje na agenda do líder do executivo português, quando participar numa mesa-redonda sobre o tema das novas energias.
Em matéria de cumprimento de metas ambientais, o primeiro-ministro reconhece as dificuldades levantadas por uma conjuntura de guerra na Ucrânia e de elevada inflação, mas entende que a estratégia nacional passa por acelerar e não por abrandar a aposta nas energias renováveis.
"O que está demonstrado é quanto mais avançarmos para as energias renováveis menos dependentes estaremos de terceiros. Também menos dependentes estaremos da volatilidade dos mercados internacionais relativamente ao gás", sustentou.
Outra das prioridades de António Costa passa pela "urgência" de aumentar a cooperação internacional sobre a escassez de água e contra a seca, tendo já manifestado publicamente "apoio total" à iniciativa conjuntura de Espanha e do Senegal para a criação de uma plataforma de cooperação em torno deste tema.
Na sua intervenção, o líder do executivo deverá ainda repetir as suas advertências sobre os custos associados às políticas de transição climática, realçando a importância de serem acompanhadas por medidas de coesão social.
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