Sábado – Pense por si

Confrontos em Nantes contra visita de Le Pen

Cerca de 2200 pessoas desfilaram contra a vista da líder da Frente Nacional a Nantes. Manifestantes arremessaram projéteis em direcção às forças de segurança, que responderam com gás lacrimogéneo

Cerca de 2200 pessoas desfilaram este sábado no centro de Nantes, oeste de França, para protestar contra a visita da líder da extrema-direita francesa e candidata presidencial Marine Le Pen à cidade, agendada para domingo. 

Num ambiente tenso, e fortemente vigiados pela polícia, os cerca de 2.200 manifestantes, segundo fontes policiais, exibiram cartazes onde se podiam ler frases como "Frente Nacional [partido de Marine Le Pen] impostura social" ou "O fascismo não passará".

De acordo com o testemunho de um jornalista da agência noticiosa francesaAFP, os manifestantes arremessaram projécteis em direcção às forças de segurança, que responderam com gás lacrimogéneo.  Entre os cerca de 2200 participantes, cerca de 800 pertenciam a movimentos anarquistas de extrema-esquerda, segundo fontes policiais.

Imagens partilhadas na rede social Twitter por jornalistas presentes no local mostraram montras de lojas que tinham sido partidas durante a manifestação.

As sondagens mais recentes mostram que Marine Le Pen é a grande favorita da primeira volta das presidenciais francesas, mas que seria ultrapassada, na segunda volta, por François Fillon (conservador) ou pelo candidato independente Emmanuel Macron.

Nos últimos dias a candidata presidencial da Frente Nacional tem enfrentado acusações sobre "empregos fictícios" e suspeitas de uso indevido de fundos do Parlamento Europeu.

A primeira volta das presidenciais de França realiza-se a 23 de Abril e a segunda a 7 de Maio.

A lagartixa e o jacaré

Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.

Adeus, América

Há alturas na vida de uma pessoa em que não vale a pena esperar mais por algo que se desejou muito, mas nunca veio. Na vida dos povos é um pouco assim também. Chegou o momento de nós, europeus, percebermos que é preciso dizer "adeus" à América. A esta América de Trump, claro. Sim, continua a haver uma América boa, cosmopolita, que gosta da democracia liberal, que compreende a vantagem da ligação à UE. Sucede que não sabemos se essa América certa (e, essa sim, grande e forte) vai voltar. Esperem o pior. Porque é provável que o pior esteja a chegar.