"Durante a pandemia verificamos que este crime está realmente a aumentar em vários aspetos diferentes", apontou a comissária europeia para os Assuntos Internos.
A comissária europeia Ylva Johansson alertou hoje para o aumento dos crimes de abuso sexual infantil 'online' durante a pandemia de covid-19, defendendo que a UE deve fazer "muito mais" para proteger as crianças.
"Durante a pandemia verificamos que este crime está realmente a aumentar em vários aspetos diferentes", apontou a comissária europeia para os Assuntos Internos, no lançamento do Relatório de Avaliação da Ameaça do Crime Grave e Organizado na UE (SOCTA), realizado pela Europol, em Lisboa.
Atualmente, a Comissão Europeia não tem um quadro legislativo para dar seguimento aos relatórios sobre a exploração sexual infantil, "apenas porque ainda não foi encontrado o compromisso entre o Parlamento [Europeu] e o Conselho", explicou Ylva Johansson.
"Se não tivermos os relatórios, não podemos salvar as vítimas e processar os criminosos. (...) Este é um crime terrível e temos de fazer muito mais, não podemos dizer que estamos a fazer tudo o que podemos para proteger estas crianças", lamentou.
A diretora executiva da Europol, Catherine De Bolle, alertou também para o aumento deste tipo de crime e apelou para que se chegue "rapidamente" a uma "solução legal".
"Vimos durante a pandemia que os criminosos estão ativamente a distribuir mais material de abuso sexual de crianças 'online' e espero que, tal como a comissária referiu, a solução legal seja encontrada muito rapidamente", apontou.
A comissária assumiu que o combate à exploração sexual infantil é a sua "principal prioridade", tal como o combate ao tráfico de seres humanos, "uma das piores formas de crime organizado", e, por essa razão, apresentará esta quarta-feira ao Colégio de Comissários a Estratégia da UE de luta contra o tráfico de seres humanos e a Estratégia da UE para combater a criminalidade organizada 2021-2025.
Para combater estes crimes, os Estados-membros precisam de investir em alta tecnologia, defendeu a comissária, dado que "85% da evidência é digital", e as forças policiais devem estar preparadas para investigar no domínio digital.
A comissária apelou à utilização dos planos de recuperação e resiliência (PRR) para investir na digitalização das forças policiais, considerando que este "montante extra é uma oportunidade" nesse sentido.
"Vamos apoiar a investigação e a inovação na polícia, por exemplo, através da Inteligência Artificial, e apoiar os treinos do uso de tecnologia dos polícias para que iniciem investigações digitais", garantiu.
Os cidadãos também devem ter um papel no combate ao crime organizado, considerou a comissária, apelando à sua "resiliência" para que não alimentem "a economia criminosa", que muitas vezes se infiltra na "economia legal", através de negócios legítimos.
Comissão Europeia alerta para aumento de crimes de abuso sexual infantil online
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