Catarina Martins falou sobre o polémico caso que envolve três secretários de Estado e a Galp
Catarina Martins afirmou que um código de conduta pode ser "algo de interessante", referindo-se à polémica que envolve três secretários de Estado e convites da Galp para assistirem a jogos de futebol do Campeonato Europeu realizado em França. "Um código de conduta parece um passo positivo, mas nada substitui o bom senso e esta consciência que todos os governantes têm de ter de que este Governo está sob uma expectativa e uma exigência sobre a sua conduta ética muito superior à dos governos anteriores", frisou a líder do Bloco de Esquerda.
Catarina Martins falou com os jornalistas no parque de campismo de São Gião, em Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, onde decorre o acampamento Liberdade 2016, antes de participar no debate "um partido que é um movimento". "Nós consideramos eticamente reprováveis e inaceitáveis todas as ligações entre governantes, deputados e grandes grupos económicos. Achamos que não é saudável para a nossa democracia", salientou a coordenadora do BE, que não quis pronunciar-se sobre se o Governo resolveu bem a questão.
Aos jornalistas, Catarina Martins acrescentou ainda que "não é bom para qualquer Governo quando há qualquer confusão entre um cargo público e uma empresa privada, muito menos com as dimensões da Galp".
A propósito deste caso, a dirigente bloquista lembrou que existe uma comissão eventual para a transparência na Assembleia da República, na qual o partido, "desde a primeira hora, entregou projectos de lei sobre transparência, impedimentos, incompatibilidades de titulares de cargos públicos e uma série de matérias que evitam uma porta giratória entre poder político e poder económico e que ajudam à transparência e à saúde democrática do nosso país".
"Este é o momento para essa comissão avançar com os seus trabalhos e o repto que deixamos é que o Parlamento seja capaz de ter leis e conclusões ainda antes do Orçamento de Estado, que promovam a transparência e que parem portas giratórias entre poder económico e poder político", sublinhou.
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"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".