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Cartão vermelho: Luís Filipe Vieira responde este sábado ao juiz Carlos Alexandre

10 de julho de 2021 às 10:16
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Segundo o seu advogado, Magalhães e Silva, Luís Filipe Vieira "vai prestar declarações" ao juiz de instrução criminal e "responder a todas as questões" que lhe forem colocadas por Carlos Alexandre.

Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica suspenso de funções, vai ser presente este sábado a primeiro interrogatório judicial, no âmbito do processo 'cartão vermelho', que investiga negócios e financiamentos suscetíveis de configurarem vários crimes.

Segundo o seu advogado, Magalhães e Silva, Luís Filipe Vieira "vai prestar declarações" ao juiz de instrução criminal e "responder a todas as questões" que lhe forem colocadas por Carlos Alexandre relativas "à matéria da indiciação", a partir das 09:00 deste sábado.

Luís Filipe Vieira, de 72 anos, será a última das quatro pessoas detidas no âmbito da investigação 'cartão vermelho' a ser ouvida pelo juiz Carlos Alexandre, no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, antes da aplicação das medidas de coação.

Na sexta-feira, o empresário José António dos Santos foi o primeiro a prestar declarações, durante a manhã, seguindo-se, da parte da tarde, os interrogatórios de Bruno Macedo e de Tiago Vieira, filho de Luís Filipe Vieira.

Também na sexta-feira, Luís Filipe Vieira comunicou a suspensão do exercício de funções como presidente do Benfica - nas quais foi substituído por Rui Costa -, por intermédio do seu advogado, à porta do TCIC, onde aguardava para ser presente a primeiro interrogatório judicial, o que só acontecerá este sábado.

Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), os quatro detidos são suspeitos de estarem envolvidos em "negócios e financiamentos em montante total superior a 100 milhões de euros, que poderão ter acarretado elevados prejuízos para o Estado e para algumas das sociedades".

Em causa estão "factos ocorridos, essencialmente, a partir de 2014 e até ao presente" e suscetíveis de configurar "crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento".

Para esta investigação foram cumpridos cerca de 45 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária em Lisboa, Torres Vedras e Braga. Um dos locais onde decorreram buscas foi a SAD do Benfica que, em comunicado, adiantou que não foi constituída arguida.

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