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Carlos Moedas consegue primeira ovação do congresso com discurso de união

18 de dezembro de 2021 às 17:39
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"As pessoas estão desiludidas com aqueles que querem o poder pelo poder. Só votarão em nós se estivermos unidos. Porque só unidos geramos confiança", defendeu, agradecendo quer a Rui Rio a confiança que sempre teve em si, quer a Paulo Rangel por "tudo o que fez" por si desde a primeira hora.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, pediu este sábado ao PSD que vá para as legislativas unido e com um "inconformismo moderado", sem extremistas, e disse a Rui Rio que "não está sozinho".

Carlos Moedas discursou hoje perante o 39.º Congresso do PSD e recebeu a primeira grande ovação da sala do Europarque, que finalmente quase encheu ao fim de um dia de trabalhos.

"As pessoas estão desiludidas com aqueles que querem o poder pelo poder. Só votarão em nós se estivermos unidos. Porque só unidos geramos confiança", defendeu, agradecendo quer a Rui Rio a confiança que sempre teve em si, quer a Paulo Rangel por "tudo o que fez" por si desde a primeira hora.

Este agradecimento aos dois protagonistas das últimas diretas mereceu dos primeiros gritos "PSD, PSD" que se ouviram desde o arranque da reunião, na sexta-feira à noite.

No entanto, o antigo secretário de Estado de Passos Coelho - outro nome que mereceu muitos aplausos do Congresso - avisou que "a união não é suficiente".

"Temos que ser concretos e inconformados contra um poder que anestesia o país. Ser um inconformista moderado é vencer sem alianças com os extremos", disse, num recado implícito sobre a recusa entendimentos eleitorais com o Chega, que excluiu da coligação "Novos Tempos" que venceu as autárquicas.

Moedas apelou ao partido que corra o risco "de querer mudar" e citou Rui Rio, que já disse que sozinho é impossível fazer reformas".

"E tem toda a razão. Mas Rui Rio, quero aqui dizer-lhe, alto e bom som, que não está sozinho. Tem um partido inteiro atrás de si. Tem um país ávido de mudança consigo", afirmou.

Moedas disse que, com Rio, estão também "os quase três milhões de votos do professor Cavaco Silva, em 1991" e "os mais de dois milhões de votos de Pedro Passos Coelho, em 2011", bem como "os dois milhões e meio de votos do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, este ano".

"Estamos prontos ou não estamos prontos? Assim como mudamos Lisboa vamos mudar o país", apelou, recebendo nova ovação de pé do Congresso.

Editorial

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