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Câmara de Lisboa recolhe pedras que podem estragar festa

O porta-voz da Direcção Nacional da PSP disse, contudo, que o planeamento relativo à possível festa do título de campeão no Marquês de Pombal ainda "não está consolidado"

A Câmara Municipal de Lisboa vai recolher material das obras junto ao Marquês de Pombal, que possa ser usado para arremesso, enquanto ainda decorrem contactos entre PSP, autarquia e clubes sobre os locais dos festejos do campeonato de futebol.

Em declarações à agênciaLusa, o porta-voz da Direcção Nacional da PSP, Hugo Palma, disse que todo o planeamento relativo à festa do título de campeão de futebol no Marquês de Pombal, como foi solicitado pelo Benfica, ainda "não está consolidado", realizando-se nos próximos dias mais contactos com os clubes e com a autarquia.

"Este ano, ao contrário do que se passou no ano passado, temos dois cenários num, ou seja, temos o Benfica campeão e o Sporting campeão, o que obriga a um planeamento diferente e, obviamente, temos algumas questões de segurança que levantámos nos processos de contactos que têm estado a ser feitos", salientou, explicando que o clube encarnado quer festejar no Marquês de Pombal e os "leões" pretendem fazê-lo no seu estádio, em Alvalade.

De acordo com Hugo Palma, uma das preocupações colocada desde o início foi o decurso das obras de requalificação do eixo central da cidade, abrangendo as avenidas Fontes Pereira de Melo e da República, junto ao Marquês de Pombal.

"Nesse sentido, já tivemos a indicação dos serviços camarários de que vão recolher todo o material que possa ser usado como projéctil, como por exemplo pedras e ferros. Tudo isso já foi acautelado", garantiu Hugo Palma.

O responsável policial explicou que os festejos são uma ocupação de via pública, o que obriga à autorização da câmara, após um pedido de parecer à polícia.

"Como este ano temos dois cenários, as dificuldades são acrescidas e obrigam a uma maior flexibilidade de meios. Vai obrigar a um reforço muito substancial. Posso avançar que vamos ter todas as divisões de Lisboa envolvidas, bem como de Oeiras, Sintra, Cascais, Loures, Vila Franca de Xira e também de Setúbal e Santarém", referiu.

Hugo Palma adiantou que na operação vão estar envolvidos 700 a 800 elementos e também a Unidade Especial de Polícia (UEP) e um reforço de valências, como a investigação criminal, uma vez que no ano passado ocorreram durante os festejos vários situações de furto e roubo com agressões.

"Temos também de equacionar os locais onde vão ser feitos cortes no trânsito (...) para estabelecer pontos de corte e rotas. Isto não é um processo rápido", salientou.

Outra das preocupações da PSP, é o afluxo de pessoas nos transportes públicos, principalmente no Metropolitano de Lisboa.

"No ano passado houve um enorme afluxo de gente e foi complicado de gerir tanta gente nas plataformas e com as carruagens cheias. Obriga-nos a ter mais atenção à situação. Por outro lado, não podemos esquecer também o que se passou na Europa. Não há nenhuma ameaça, mas é uma preocupação que está presente", sublinhou.

Na terça-feira, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, assumiu que "estão a decorrer os contactos normais" para garantir a segurança nos festejos , independentemente do clube vencedor.

O jornalDiário de Notíciasescreve hoje que a PSP "coloca entraves" à realização "da festa do título" no Marquês, por não estarem acauteladas as condições de segurança devido às obras e deposição de material no eixo central daquelas vias.

No domingo, a partir das 17h00, Benfica e Sporting podem sagrar-se campeões da edição 2015/16 da I Liga, bastando aos "encarnados" vencer na recepção ao Nacional, enquanto os "verdes e brancos" necessitam de ganhar no terreno do Sp. Braga e que os bicampeões percam pontos.

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