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Autoridades estão a "disparar para os olhos" dos manifestantes

14 de agosto de 2017 às 10:11
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Os dados informam que 22 venezuelanos foram feridas nos olhos por disparos de objectos metálicos, tiros de borracha e munições modificadas com restos de malaguetas

O Observatório de Direitos Humanos da Universidade de Los Andes (ODH-ULA) denunciou esta segunda-feira que as forças de segurança venezuelanas estão a disparar contra os olhos, num novo padrão de repressão das manifestações da oposição.

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"Durante 93 dias de protestos anti-governamentais, registados no estado de Mérida (a 520 quilómetros a sudoeste de Caracas) 22 pessoas foram feridas nos olhos por disparos de objectos metálicos, tiros de borracha e munições modificadas com restos de malaguetas", indicou o Observatório.

Em comunicado, o ODH-ULA sublinhou que o padrão foi determinado "durante uma investigação realizada entre 25 de Abril e 27 de Julho" passado que "deu conta do número de pessoas que foram vítimas de disparos certeiros aos olhos e de um novo padrão de actuação das forças do Estado" venezuelano.

"A idade média das 22 pessoas atingidas é de 23 anos e 95,45% são homens e 4,55% são mulheres (...) 54,55% das pessoas foram afectadas no olho esquerdo e 31,82% receberam os tiros no olho direito", explicou.

Segundo o ODH-ULA, "o padrão de actuação, de disparos contra os olhos, viola a Constituição da Venezuela e a lei orgânica" da polícia venezuelana.

"Disparar objectos metálicos contra os olhos de uma pessoa viola ainda as normas de actuação das Forças Armadas Bolivarianas, em funções de controlo de ordem pública, a paz social e a convivência cidadã, em reuniões públicas e manifestações", acrescentou.

No mesmo comunicado, o Observatório indicou terem sido "também violados" pelos elementos da segurança "o Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos e os princípios básicos sobre o uso da força e de armas de fogo pelos funcionários encarregados de fazer cumprir a lei, estabelecido pela ONU (1990) e os Acordos de Genebra e seus protocolos.

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