"Não tenho indicação do resultado nem previsão de quando vai ser divulgado o relatório", adiantou a advogada.
A autópsia ao corpo do ex-banqueiro João Rendeiro realizou-se hoje, confirmou à Lusa Inês Montalvo, advogada da viúva Maria de Jesus Rendeiro, adiantando ainda não ter sido informada do resultado ou de previsão para a comunicação do relatório.
"Recebi a confirmação de que a autópsia já se realizou. Não tenho indicação do resultado nem previsão de quando vai ser divulgado o relatório", disse Inês Montalvo à Lusa esta tarde.
A família de João Rendeiro pediu na quarta-feira ao Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) para fazer uma autópsia ao corpo do ex-banqueiro, que chegou na sexta-feira de manhã a Lisboa proveniente da África do Sul.
Na altura, em declarações à Lusa Inês Montalvo justificou a necessidade da autópsia por considerar que há "vários indícios de que se tratou de um crime".
Já hoje insistiu que a autópsia realizada é, do ponto de vista da advogada e da família, a primeira a ser feita, uma vez que não têm qualquer confirmação oficial de que este ato médico tenha sido efetivamente realizado na África do Sul.
"Para nós esta é a primeira e única. Gostava de ter tido confirmação oficial da parte do consulado de que a autópsia se realizou", disse a advogada.
Ainda que no contexto em que a morte do ex-banqueiro ocorreu a realização de uma autópsia fosse "no mínimo, curial", Inês Montalvo lamenta não ter tido "nenhuma fonte oficial fidedigna" a confirmar a sua realização, admitindo que provavelmente não teria feito o pedido ao INMLCF se essa confirmação existisse.
"Sem a confirmação tive que partir do princípio que não existia", disse a advogada, explicando que descartar ou confirmar as suspeitas de crime tinha necessariamente que ocorrer antes de se dar início às cerimónias fúnebres.
Inês Montalvo referiu ainda que a família pediu o relatório da autópsia realizada na África do Sul através do consulado português naquele país, que indicou que o enviaria quando o recebesse.
A retirada do corpo da morgue estatal sul-africana em Pinetown, subúrbios de Durban, onde permaneceu mais de duas semanas, ocorreu na tarde de 27 de maio e a transferência para Joanesburgo decorreu no dia seguinte, conduzida pelas autoridades portuguesas na África do Sul.
João Rendeiro, de 69 anos, foi encontrado morto no dia 12 de maio e deveria ser presente em tribunal na manhã seguinte.
O antigo presidente do BPP estava detido na África do Sul desde 11 de dezembro de 2021 a aguardar extradição, após três meses de fuga à justiça portuguesa para não cumprir pena em Portugal.
Autópsia de João Rendeiro em Portugal já se realizou
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.