Francisco Pedro interrompeu um discurso do primeiro-ministro em 2019 para contestar a expansão do aeroporto de Lisboa e a construção de um novo no Montijo, com a acusação a argumentar que se tratava de uma manifestação organizada e não autorizada pela Câmara de Lisboa.
O ativista ambiental Francisco Pedro, que interrompeu um discurso do primeiro-ministro António Costa em 2019, foi hoje absolvido do crime de desobediência qualificada em julgamento realizado no Tribunal Local Criminal de Lisboa.
A juíza Sofia Claudino considerou não ter ficado provado que o ativista de 35 anos, conhecido como "Kiko", seria o organizador do protesto durante o discurso de António Costa numa cerimónia de aniversário do Partido Socialista (PS), em Lisboa. Em causa estava um crime punível com pena até dois anos de prisão ou de até 240 dias de multa, tendo o Ministério Público (MP) pedido a condenação através de multa nas suas alegações finais.
"Analisando os factos provados e não provados, ainda que se considere que a ação de protesto foi uma verdadeira manifestação, constata-se que o arguido não era o organizador da mesma, podendo o mesmo ser considerado como mero participante naquela manifestação. Não se tendo provado que foi o promotor daquela manifestação, não pode o mesmo ser punido. Impondo-se, sem mais, a absolvição", disse a juíza.
Em 2019, Francisco Pedro tentou chegar ao microfone para tomar a palavra e contestar a expansão do aeroporto de Lisboa e a construção de um novo no Montijo, com a acusação a argumentar que se tratava de uma manifestação organizada e não autorizada pela Câmara de Lisboa. Por sua vez, o ativista defendeu logo no arranque do julgamento ter sido apenas uma "ação espontânea" de liberdade de expressão e para denúncia de um crime.
Ativista ambiental que interrompeu discurso de António Costa absolvido em tribunal
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.