"Na sequência do bombardeamento, esconderijos estratégicos do Estado Islâmico e uma rede de túneis foram destruídos, e 36 combatentes do Estado Islâmico mortos", disse o Ministério da Defesa afegão em comunicado.
Segundo a AFP, as autoridades descartaram a possibilidade de existirem vítimas civis.
A bomba GBU-43 (Massive Ordnance Air Blast - MOAB), que os Estados Unidos lançaram esta quinta-feira no Afeganistão, pesa 9,5 toneladas, das quais 8,4 são explosivos, e tem um raio de acção com um diâmetro de 1,4 quilómetros.
Conhecida como "a mãe de todas as bombas", foi desenvolvida para o Exército norte-americano por Albert L. Weimorts Jr., entretanto falecido, e começou a ser fabricada em 2001 no Laboratório de Investigação da Força Aérea.
O Governo afegão afirmou na quinta-feira que estava em contacto com os Estados Unidos e foi informado do lançamento em Nangarhar, no leste do país.
O assessor de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, disse que o objectivo era acabar com um "sistema de túneis" do auto-proclamado Estado Islâmico, que permitia aos seus milicianos "mover-se com liberdade e atacar com mais facilidade os militares norte-americanos e as forças afegãs".
Já o Presidente dos EUA,Donald Trump,considerou a operação militar como "mais uma missão bem-sucedida" mas não confirmou se partiu de si a autorização para atacar as bases do auto-proclamado Estado Islâmico na província de Nangarhar.
Uma das primeiras vozes ouvidas contra esta acção militar foi a do ex-Presidente afegão Hamid Karzai: "Nós temos de ser mais duros, e de forma veemente condeno o lançamento da última arma, a maior bomba não-nuclear, no Afeganistão, pelos EUA".
I vehemently and in strongest words condemn the dropping of the latest weapon, the largest non-nuclear #bomb, on Afghanistan by US...1/2
Esta bomba não nuclear é considerada a segunda mais poderosa, só ultrapassada pelo artefacto explosivo russo FOAB, conhecido como "o pai de todas as bombas".
Veja o teste à bomba que os EUA usaram no Afeganistão