O social-democrata alertou que, em democracia, mais importante do que saber o que une os cidadãos "é saber mesmo bem" o que separa as pessoas e os ideais políticos.
O presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, alertou hoje que a democracia é frágil e dá muito trabalho, pelo que é necessário haver atenção e mobilização cívica para que não desapareça.
Lusa
"A democracia dá muito trabalho, a democracia é frágil, a democracia obriga à mobilização, obriga à intervenção cívica e, portanto, não é algo que outros farão por nós. E se nós não estivermos dispostos a fazer, acordamos um dia com aquilo que não queremos", advertiu o presidente do parlamento.
José Pedro Aguiar-Branco falava em Seia, na inauguração do Centro de Interpretação da República Afonso Costa (CIRAC), "um homem de história, amada por uns e odiado por outros que teve frontalidade, coragem e coerência" durante a Primeira República.
"Temos de seguir o exemplo de Afonso Costa e sermos intervenientes, mobilizados para a causa cívica, porque a democracia é a única forma de nós podermos levar por diante as nossas ideias", acrescentou.
"Se a História não se repete, a estupidez sim. Se calhar há tanta estupidez por aí a grassar que temos de estar atentos e estarmos mobilizados para defender outra vez valores, princípios que dávamos como adquiridos e que afinal não estão tão adquiridos quanto isso", defendeu.
O presidente do parlamento alertou que, em democracia, mais importante do que saber o que une os cidadãos "é saber mesmo bem" o que separa as pessoas e os ideais políticos.
"Porque se soubermos bem e tivermos bons fundamentos vamos conseguir fazer algumas pontes para coisas que é preciso fazer em comum que são verdadeiramente coisas que importam", sustentou, elogiando o político da Primeira República Portuguesa.
No seu primeiro ato público após a dissolução da Assembleia da República, Aguiar-Branco admitiu à agência Lusa, no final da cerimónia, que vai "concluir o mandato" e, depois, em função dos resultados eleitorais, o seu futuro será "objeto de análise".
Questionado se se vai candidatar e por que círculo eleitoral, Aguiar-Branco disse que haverá um "momento próprio para a divulgação" dos cabeças de lista e, "em primeiro lugar, pela direção nacional do partido, do PSD".
Na cerimónia, destacou a "atualidade sensacional" do momento para a inauguração do CIRAC, que leva ao "revisitar de uma figura que, sendo polémica e em que muitas das áreas onde essa dimensão polémica aconteceu".
"Feliz ou infelizmente, mas é a história, estamos hoje a ser confrontados, tantos anos volvidos, com temas como a violência doméstica, como o multilateralismo, a paz, que não está garantida, a liberdade", apontou.
O que o levou a dizer que, se Afonso Costa hoje estivesse na política, "seguramente teria um campo enorme para manifestar todo o seu talento, toda a sua coerência e toda a sua força, porque é isso de comum" que se vive na Europa, no mundo e em Portugal.
Nesse sentido, considerou que, talvez, o CIRAC "vá ter ainda um peso acrescido daquilo que é importante transmitir de conhecimento", tendo em conta a realidade que hoje se vive e que levou Aguiar-Branco a lembrar-se do que ouviu numa conferência.
"Se a História não se repete, a estupidez sim. Se calhar há tanta estupidez por aí a grassar que temos de estar atentos e estarmos mobilizados para defender outra vez valores, princípios que dávamos como adquiridos e que afinal não estão tão adquiridos quanto isso", defendeu.
O presidente do parlamento alertou que, em democracia, mais importante do que saber o que une os cidadãos "é saber mesmo bem" o que separa as pessoas e os ideais políticos.
"Porque se soubermos bem e tivermos bons fundamentos vamos conseguir fazer algumas pontes para coisas que é preciso fazer em comum que são verdadeiramente coisas que importam", sustentou.
Aguiar-Branco alerta que democracia dá muito trabalho e obriga a intervenção cívica
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