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Manifestantes decidiram dar por terminado o protesto depois de terem recebido uma comunicação do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, na sequência de uma negociação "ao mais alto nível" com o Governo.
Os agricultores que bloquearam hoje a fronteira do Caia, em Elvas, distrito de Portalegre, começaram a desmobilizar depois de receberem a garantia de que vão receber, até final do mês, os apoios que tinham sido retirados.
REUTERS/Pedro Nunes
"Vamos desmobilizar, penso que a nível de todo o país, a nossa atuação", afirmou José Eduardo Gonçalves, um dos porta-vozes dos agricultores em protesto junto à fronteira do Caia, em declarações aos jornalistas. Também na Chamusca, os agricultores do Ribatejo e Oeste desmobilizaram ao início da noite, e o acesso à fronteira de Bemposta, em Mogadouro, Bragança, também foi normalizado. Só em Coimbra é que os agricultores planeiam ficar até sexta-feira, 2, por terem um caderno reivindicativo mais longo e exigirem respostas da Direção Regional de Agricultura do Centro.
Em Elvas, o agricultor José Eduardo Gonçalves revelou que os manifestantes decidiram dar por terminado o protesto depois de terem recebido uma comunicação do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), na sequência de uma negociação "ao mais alto nível" com o Governo.
"O IFAP não é uma entidade política, é a entidade que paga aos agricultores" e a comunicação deste instituto "dá-nos uma certa tranquilidade, pela negociação que foi feita com personalidades deste Governo", realçou.
Através da sua comunicação, segundo José Eduardo Gonçalves, o IFAP prometeu repor, até final do mês, os 60 milhões de euros que corresponde às ajudas à agricultura biológica e produção integrada que tinham sido retiradas em 25 de janeiro.
"O IFAP, que nos comunicou que iria retirar a verba, agora diz-nos que a vamos receber na totalidade e nós ficamos tranquilos, mas ficamos atentos", sublinhou.
Assinalando que "este movimento cívico foi feito em 48 horas", o porta-voz dos agricultores em protesto avisou que, no caso não se cumprirem as promessas de pagamento até final do mês, o setor voltará à rua para reivindicar os seus direitos.
"Vamos sair para a rua com as nossas reivindicações quando for preciso", vincou.
Questionado pelos jornalistas sobre o membro do Governo que negociou com os agricultores, José Eduardo Gonçalves limitou-se a dizer que "a negociação foi ao mais alto nível", do gabinete do primeiro-ministro, advertindo que as conversas não envolveram a ministra da Agricultura.
Pouco depois do anúncio do acordo, a circulação rodoviária na autoestrada 6 (A6) e noutras vias próximas foi retomada.
Os agricultores estiveram hoje na rua com os seus tratores, de norte a sul do país, reclamando a valorização do setor e condições justas, tal como tem acontecido em outros pontos da Europa.
O protesto, uma iniciativa do Movimento Civil de Agricultores de Portugal, decorreu um dia depois de o Governo ter anunciado um pacote de mais de 400 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).
O pacote abrange entre outras, medidas à produção, no valor de 200 milhões de euros, assegurando a cobertura das quebras de produção e a criação de uma linha de crédito de 50 milhões de euros, com taxa de juro zero.
Segundo um comunicado divulgado na quarta-feira pelo movimento, os agricultores reclamam o direito à alimentação adequada, condições justas e a valorização da atividade.
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