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Tancos: Três militares da GNR de Loulé entre os detidos

25 de setembro de 2018 às 13:12

Três militares do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé, incluindo o seu chefe, estão entre os detidos hoje pela Polícia Judiciária.

Três militares do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé, incluindo o seu chefe, estão entre os detidos hoje pela Polícia Judiciária numa investigação relacionada com o desaparecimento das armas em Tancos, disse à Lusa fonte da Guarda.

A fonte do Comando-Geral da GNR adiantou que estão a decorrer buscas no núcleo de investigação criminal da Guarda Nacional Republicana de Loulé.

Em comunicado, a Procuradoria-Geral da República avança que a PJ deteve hoje militares da Polícia Judiciária Militar e da Guarda Nacional Republicana e um outro suspeito e realizou buscas em vários locais nas zonas da Grande Lisboa, Algarve, Porto e Santarém.

Segundo a PGR, no inquérito no qual decorreram as detenções, "investigam-se as circunstâncias em que ocorreu o aparecimento, em 18 de Outubro de 2017, na região da Chamusca, de material de guerra furtado em Tancos".

Em causa, adianta o comunicado, estão "factos susceptíveis de integrarem crimes de associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, favorecimento pessoal praticado por funcionário, abuso de poder, receptação, detenção de arma proibida e tráfico de armas".

Na Operação Húbris, participaram cinco magistrados do Ministério Público e cerca de uma centena de investigadores e peritos da Polícia Judiciária.

Segundo a PGR, o inquérito corre termos no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), sendo o Ministério Público coadjuvado pela Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária,

Os detidos, que o comunicado não refere o número exacto, serão presentes ao Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.

O furto de material militar dos paióis de Tancos - instalação entretanto desactivada - foi revelado no final de Junho de 2017. Entre o material furtado estavam granadas, incluindo antitanque, explosivos de plástico e uma grande quantidade de munições.

Em 18 de Outubro, a Polícia Judiciária Militar recuperou, na zona da Chamusca, quase todo o material militar que tinha sido furtado da base de Tancos no final de Junho, à excepção das munições de 9 milímetros.

Contudo, entre o material encontrado, num campo aberto na Chamusca, num local a 21 quilómetros da base de Tancos, havia uma caixa com cem explosivos pequenos, de 200 gramas, que não constava da relação inicial do material que tinha sido furtado, o que foi desvalorizado pelo Exército e atribuído a falhas no inventário.

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