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PCP alerta para exemplos de manipulação e pede apuramento rigoroso sobre mortes em Bucha

06 de abril de 2022 às 10:06

Partido liderado por Jerónimo de Sousa apela a investigação cabal e rigorosa sobre as mortes de civis na cidade de Bucha, Ucrânia, conduzida por entidades independentes e sem "predeterminados julgamentos".

O PCP defendeu hoje uma investigação cabal e rigorosa sobre as mortes de civis na cidade de Bucha, Ucrânia, conduzida por entidades independentes e sem "predeterminados julgamentos" e considerou que tem havido "comprovados exemplos" de operações de manipulação.

O PCP sustentou que "são inquietantes" as notícias "difundidas a partir dos centros do poder ucraniano e ampliadas pela máquina de propaganda que tem rodeado a guerra na Ucrânia sobre os alegados 'crimes de guerra' ocorridos em Bucha, bem como os desmentidos das autoridades russas indicando de que se tratou de uma operação de manipulação".

"A existência de comprovados exemplos em que determinadas situações apresentadas como verdadeiras se vieram posteriormente a confirmar falsas e baseadas em operações de manipulação exige o indispensável, cabal e rigoroso apuramento das situações relatadas", acrescentou o PCP, numa nota enviada à Lusa.

As investigações sobre os alegados crimes cometidos contra civis naquela cidade na região de Kiev, prosseguiu o PCP, devem ser asseguradas por "entidades efetivamente independentes, determinadas pela real avaliação dos factos e não por predeterminados julgamentos ou objetivos que não contribuam para apurar a verdade".

Afirmando condenar "todos os atos criminosos, incluindo em cenário de guerra, que tenham ocorrido ou ocorram em solo da Ucrânia, do Iraque, do Afeganistão, da Líbia ou de outros países", o PCP defendeu que "o que se impõe é pôr termo à escalada em curso e contribuir para o cessar-fogo e uma solução política negociada" entre Kiev e Moscovo, que "assegure a paz e a segurança coletiva na Europa".

Centenas de civis mortos foram encontrados em Bucha, uma cidade a 60 quilómetros de Kiev, espalhados na rua, nalguns casos com as mãos amarradas atrás das costas e atirados para valas comuns, tendo as autoridades ucranianas e os seus aliados acusado os soldados russos de terem cometido esses crimes quando ocuparam a cidade.

Moscovo rejeitou qualquer responsabilidade e disse tratar-se de uma encenação de Kiev.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.480 civis, incluindo 165 crianças, e feriu 2.195, entre os quais 266 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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