O músico brasileiro tinha 81 anos e estava internado no hospital. Na sua carreira de 60 anos colaborou com grande parte dos astros da música brasileira.
Morreu o cantor e compositor brasileiro Erasmo Carlos, aos 81 anos. O músico estava internado no Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro, desde esta segunda-feira.
Instagram
Erasmo Carlos tinha estado internado no mesmo hospital no início do mês. A 17 de outubro, deu entrada no Hospital Barra D’Or para realizar alguns exames e acabou por ser internado durante nove dias, revelao jornal G1. Na sequência desse internamento o Folha de S. Paulo chegou a noticiar a sua morte, tendo o cantor bricando com o erro nas redes sociais, dois dias depois, a 2 de novembro. "Bem simbólico… Depois de me matarem no dia 30, ressuscitei no Dia de Todos os Mortos e tive alta do hospital", escreveu no Instagram, três semanas antes de morrer. Na sequência desse internamento tinha escrito, no Instagram: "Esse ano eu não morro... parafraseando Belchior".
Erasmo Carlos trabalhou com alguns dos maiores nomes da música brasileira, sendo particularmente relevante a sua colaboração com "o rei" Roberto Carlos, com quem escreveu "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno" ou "Como É Grande o Meu Amor Por Você". Foram os nomes de vanguarda do movimento Jovem Guarda, movimento cultural e musical influenciado por Elvis Presley e a vaga de músicos britânicos que invadiram os Estados Unidos no início da década de 60. Mas colaborou ainda com Tim Maia, Maria Bethânia, Gal Costa, Caetano Veloso, Gilberto Gil ou Jorge Ben Jor (todos participaram no disco Convida, de 1980), nomes que sempre o citaram como uma influência.
O carioca escreveu para Gal Costa (que morreu a semana passada) uma das canções mais icónicas da artista: "Meu Nome é Gal".
Na semana passada, Erasmo Carlos venceu o Gramy Latino na categoria álbum de rock ou música alternativa em língua portuguesa. "Erasmo Carlos, muito além da Jovem Guarda, foi cantor e compositor de extremo talento, autor de muitas das canções que mais emocionaram brasileiros nas últimas décadas. Tremendão, amigo de fé, irmão camarada, cantou amores, a força da mulher e a preocupação com o meio ambiente", escreveu Lula da Silva, o presidente brasileiro, no Twitter.
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.