
De MEC ao Prémio Leya: os lançamentos de abril
Às livrarias portuguesas chegam, este mês, um inédito de Miguel Esteves Cardoso e títulos do vencedor do Nobel Jon Fosse e de Mariana Salomão Carrara.
Às livrarias portuguesas chegam, este mês, um inédito de Miguel Esteves Cardoso e títulos do vencedor do Nobel Jon Fosse e de Mariana Salomão Carrara.
Os bancos visados pela multa da Autoridade da Concorrência fizeram mais de 50 recursos, alguns com mil páginas, e quando o risco de prescrição já era elevado encharcaram a juíza com centenas de "questões prévias", que a levaram a produzir 107 despachos. Como a litigância feroz da banca, a demora de dois anos a marcar o julgamento e um “detalhe” na nova lei levaram à prescrição da maior multa de sempre em Portugal.
Inquieta e irreverente, foi inovadora no fado, encheu salas em todo o mundo, marcou tendências na imagem, foi premiada, condecorada e, por vezes, esquecida.
É certo que a rejeição dói a toda a gente, mas fazer da literatura um divã transforma o leitor num psicólogo, numa coisa amorfa, e sobretudo diminui, ao invés de engrandecer, o papel do criador, não só porque abdica do dever e do prazer de criar, mas principalmente porque passa a não ter nada para dar ao leitor além de si mesmo.
Quem disse que a política era um assunto racional? Na França e na Europa, há um certo cansaço com o funcionamento da democracia liberal. Que interessa que a União Europeia tenha atingido um nível de conforto e segurança que seria impensável para os nossos antepassados?
O prémio, que já distinguiu obras de autores como Kundera, Roth, Umberto Eco e Doris Lessing, foi atribuído este ano a 2 romances: "Misericórdia", de Lídia Jorge, e "Impossibles Adieux", de Han Kang.
Pergunto-me se não haverá por aí um novo vírus, um vaipe que os levou a tomar esta posição absurda, a que acresce um perigoso precedente nestes tempos de censura pelo cancelamento.
O que não sabia era que um texto que concilia o rigor factual com a clareza da exposição, cujo sentido está ao alcance de qualquer leitor medianamente inteligente, podia levar à maior das confusões.
Não estamos a falar de niquices, alguns destes livros são recomendados pelo Plano Nacional de Leitura e foram publicados na editora do Estado. Mega Ferreira e outras figuras assaz extraordinárias (1.ª parte)
Pequenino e dócil, com os olhos assustados e tensos, mas sempre com aquele livro do Tintim debaixo do braço: apertava-o como se fosse um objecto precioso, o único existente à minha volta, a única prova tangível de que não seria recusado e abandonado.
Graças ao espelho de 6,5 metros e 18 hexágonos de berílio revestidos a oiro do James Webb, cem vezes mais potente do que o do Hubble, olharemos então para o fim do princípio, buscando um padrão - um sentido.
Quando metemos o nariz dentro de um livro e começamos a lê-lo, a primeira frase deve fazer-nos sucumbir logo ao seu encanto. Deve capturar a nossa atenção e conduzir-nos como uma corrente que nos puxa para dentro do mar.
Três romances de excelência – uma tragédia rural com incesto, um retrato da Belle Epoque, um relato sobre escravidão sexual – juntam-se a dois ensaios e a um registo autobiográfico.
Há silêncios que nos acalmam, aliviam e apaziguam, que conferem tranquilidade e intimidade. Mas também há silêncios que expressam desespero ou angústia, que inspiram terrores ou que comunicam com a nossa solidão, que são opressivos e ameaçadores.
Tamen, que também foi tradutor, estreou-se, em 1956, com a obra "Poema para Todos os Dias".
Os seres humanos não são apenas as suas ideias, crenças e convicções. São também os cheiros que arrastam consigo, como histórias que se repetem e que detêm a chave do enigma que levam dentro. São a prova, superiormente filosófica (com perdão da filosofia), de que existe algo que comanda as suas vidas.