Sábado – Pense por si

O ano 1 da Grande Transição

Este ano de 2025 acabou com a Ordem Internacional Liberal. Parece vir aí uma nova Ordem das Grandes Potências, baseada na Força, já não nas regras. Mas ainda só estamos a iniciar a Transição. Trump fez um primeiro ano de segundo mandato desastroso. Putin agradece e tentará, em 2026, aproveitar o triunfo de ter "conquistado" Washington, apesar de, no terreno, ter falhado a tomada de Kiev. Preparem-se para alguns anos de incerteza, risco e nevoeiro. Nós, europeus, ainda não sabemos lidar com a perda americana

Um Presidente sem dimensão

O discurso de Donald Trump na AG da ONU foi um insulto às Nações Unidas, uma humilhação para Guterres, uma carta aberta a determinar a derrotada da Ordem Internacional Liberal, baseada no sistema onusiano. Demasiado mau para passar em claro, demasiado óbvio para fingirmos que não vimos.

Trump mais perto de Putin do que a China está da Rússia

A insistência de Trump em reconhecer a Crimeia como russa coloca a atual Administração norte-americana mais próxima de Moscovo do que a China é de Putin. O Presidente dos EUA saiu do encontro com Zelensky, no dia do funeral do Papa, mais crítico da agressão russa. Mas palavras leva-as o vento.

A grande humilhação europeia

A “paz apressada” que Trump quis dar a Putin é muito mais que a capitulação da Ucrânia: é uma humilhação à Europa, selada pelo discurso “moralista” de J. D. Vance em Munique. E consolida o fim da Ordem Liberal, sucedida pelo regresso da competição regulada pelas Grandes Potências. Putin vence, perdemos todos.

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A lei da selva

A ordem internacional foi construída, principalmente, pelo mundo ocidental e tem epicentro entre Washington e Nova Iorque. A ordem sofre, cada vez mais, a contestação oriunda de vários quadrantes na cena internacional, por ser, alegadamente, parcial a favor dos interesses dos seus criadores.

Geopolítica @plicada

As viagens de Xi

Xi Jinping decidiu ir dar alento a Putin, num gesto de conforto oco, contribuindo para que Moscovo não perca os impulsos autodestrutivos, que levarão a Rússia a ser uma das primeiras presas da superpotência China, numa inversão de papeis entre o Estaline e o Mao do séc. XXI.

Contra Maduro

A dado momento ouviram-se uns estalidos, ao fundo. Pouco percetíveis. Alguém pareceu dar-lhe sinal fora do campo de visão. Ela explicou. Estavam a ouvir uns tiros lá fora e ela tinha de desligar.

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