Trump mais perto de Putin do que a China está da Rússia
A insistência de Trump em reconhecer a Crimeia como russa coloca a atual Administração norte-americana mais próxima de Moscovo do que a China é de Putin. O Presidente dos EUA saiu do encontro com Zelensky, no dia do funeral do Papa, mais crítico da agressão russa. Mas palavras leva-as o vento.
Os três principais pontos que os EUA lançaram para o que pode ser o último esforço da Administração Trump para que se chegue a um cessar-fogo na Ucrânia são todos pró-Moscovo: reconhecer a Crimeia como sendo russa; congelar o conflito por três anos com os russos a controlar Donetsk, Luhansk, Zaporíjia e Kherson; forçar Kiev a aceitar que não tentará aderir à NATO. Ora, este caminho seria, na prática, dar o triunfo a Putin e impor a rendição a Zelensky. Reconhecer a Crimeia como russa coloca a atual Administração americana mais próxima de Moscovo do que a China é de Putin. Se olharmos ao pormenor, nem é de estranhar: sempre que Witkoff vai a Moscovo (foi quatro vezes em poucas semanas) aumenta a sua admiração por Putin e faz questão de mostrar o alinhamento de vontades na reaproximação Washington-Moscovo. Os outros dois pontos tiram-nos qualquer dúvida: nestes 1163 dias de invasão, a Rússia nem conseguiu ocupar por completo os quatrooblastiem causa, pelo que há uma clara "benesse" de Trump a Putin; a imposição da neutralidade levaria a uma menorização da Ucrânia, com uma "soberania limitada". Os outros dois pontos (fazer Putin reconhecer o direito da Ucrânia ter um exército e ter uma indústria de Defesa) podem parecer uma tentativa de equilíbrio, mas são de menor relevância e impacto.
Trump mais perto de Putin do que a China está da Rússia
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O poder instituído terá ainda os seus devotos, mas o desastre na Calçada da Glória, terá reforçado, entretanto, a subversiva convicção de que, entre nós, lisboetas, demais compatriotas ou estrangeiros não têm nem como, nem em quem se fiar
A PSP enfrenta hoje fenómenos que não existiam ou eram marginais em 2007: ransomware, ataques híbridos a infraestruturas críticas, manipulação da informação em redes sociais. Estes fenómenos exigem novas estruturas orgânicas dedicadas ao ciberespaço, com autonomia, meios próprios e formação contínua.