
A vida íntima de uma rainha do povo
D. Amélia passava grandes temporadas em Vila Viçosa, gostava de pintar, fazer herbários e até convidada as crianças da vila para brincarem com os filhos. Uma nova exposição quer celebrar o seu legado
D. Amélia passava grandes temporadas em Vila Viçosa, gostava de pintar, fazer herbários e até convidada as crianças da vila para brincarem com os filhos. Uma nova exposição quer celebrar o seu legado
Perseguidos pelo Marquês de Pombal, chegaram a ser a família mais rica do País – com um casamento que envolveu acusações de rapto e tentativas de suborno. Um dos descendentes do I duque levou a Rainha Isabel II a conhecer a Arrábida. Outros cruzaram os seus nomes com Espírito Santo, Soares Franco e Van Zellers.
Na casa e no terraço que foram residência no exílio do Rei Humberto II de Itália, reabriu o restaurante Belvedere, que homenageia a vida do monarca com clássicos da cozinha italiana de que era fã, apurados com um toque português.
Construíam-se pavilhões, pontes e enormes arcos triunfais para festas que podiam ter três dias seguidos de fogo de artifício. Havia enxovais que valiam mais do que um palácio, joias com 4 mil pedras preciosas e banquetes preparados por 200 pessoas – servidos em mesas com toalhas de ouro.
Nevada Hayes nasceu nos EUA, foi professora, mas sonhava com a aristocracia. Depois de três casamentos, conquistou D. Afonso, tio do ex-rei de Portugal, e tornou-se duquesa do Porto.
Marcello Caetano teve direito a um vinho especial, mas preferiu um Buçaco mais corrente, Joaquim Chissano recusou o leitão por motivos religiosos e Spínola chegou de helicóptero ao hotel onde a família real fez vários banquetes.
Chegaram a Portugal de barco, com um herdeiro clandestino a bordo. Um deles, feito conde por um rei, foi o homem mais rico do País, dono de palácios, de bancos e da Carris. Casaram com Roquettes e Mello Breyners, sobreviveram a cenas de pancadaria e a um assassinato. São, hoje, perto de três mil, mas a fortuna original desapareceu.
Mesmo depois de exilado, D. Manuel II tinha 17 criados e uma casa com um campo de golfe e outro de ténis. O pai, D. Carlos, mandava servir almoços “ligeiros” de 10 pratos e a avó, D. Maria Pia, punha oito homens a carregar um piano a pé por 40 quilómetros.
De D. Maria Pia até ao Rei D. Manuel II, a vida luxuosa da última família real portuguesa é o destaque de capa. Mas há mais: ouvimos os miúdos sobre a greve dos professores; assistimos a uma ação de formação contra abusos sexuais de menores; e revelamos os maiores colecionadores de camisolas de futebol
De repente, o infante que sonhava reger uma orquestra subiu ao trono. Reinou cerca de dois anos até à implantação da República e exilou-se em Londres, onde se dedicou aos livros.
Fomos até às terras transmontanas para nos deslumbrarmos com o luxo do Vidago Palace e relaxarmos no Pedras Salgadas SPA & Nature, apaparicados com degustações e simpatia.
Preso por um arnês ou no topo da Torre Eiffel, o historiador Joel Cleto faz tudo pelo programa no Porto Canal. É aí que há 11 anos usa lendas e curiosidades para chegar à grande História.
O gemólogo estudou 18 mil pedras preciosas do novo Museu do Tesouro Real, algumas das quais vão poder ser vistas no Palácio da Ajuda. Há mais de 20 anos que lida com joias de todo o mundo.
Wilhelm Achilles desembarcou em Portugal no século XIX e iniciou uma família que soma cerca de 4.000 descendentes. Os d’Orey tiveram o império da navegação, foram donos de quintas e palácios e cruzaram-se com os mais importantes clãs nacionais.
A cozinha de Catarina de Áustria usava técnicas excêntricas. Com D. João V reinaram os doces. E no tempo de D. Maria I, a comida deixava a boca a arder.
O herdeiro da coroa portuguesa, D. Carlos, casou-se no dia 22 de Maio de 1886 com a princesa francesa D. Amélia e as festas em Lisboa duraram oito dias. Mas a tragédia, que ditou o futuro do casal, também marcou presença no enlace.