Sábado – Pense por si

A Europa afinal conta

A Europa percebeu que se deixasse passar os 28 pontos do plano Witkoff-Dmitriev seria cúmplice da capitulação da Ucrânia e sofreria, por tabela, ainda maior ameaça russa. Trump, um catavento que é fraco com os fortes, passou de posição pró-russa para um plano com base de negociação bem mais aceitável, depois da intervenção de Paris, Londres, Berlim e do Departamento de Estado liderado por Marco Rubio. "Just in case", a França de Macron e a Alemanha de Merz vão-se preparando para a guerra. Fazem bem.

Trump andou a gozar connosco

Trump andou meses a gozar connosco. Não, o Presidente dos EUA nunca teve real intenção de proteger a Ucrânia. A visão da Administração norte-americana sempre foi a de suposta (e totalmente errada) equivalência entre agressor e agredido. O Plano de Paz de 28 pontos foi gizado entre americanos e russos, sem pôr ucranianos e europeus à mesa. Sanções à Rússia? Pressão sobre Putin? Nevoeiro. O comprometimento pró-Kremlin de Trump sempre esteve lá.

Negação plausível

Putin está, ou não, a pensar em atacar a Europa? Uma análise às palavras do agressor na Ucrânia oferece-nos diferentes interpretações, obviamente contraditórias. É nisso que o ditador russo é bom: na arte da "negação plausível". O nevoeiro do medo é, por si só, uma vitória de Moscovo sobre a Europa. Novo dado que não estava no guião: e se Putin está mesmo inseguro sobre as reais intenções de Donald Trump?

Alexandre R. Malhado

A "caça" aos imigrantes em Torre Pacheco

Um crime violento contra um idoso foi o rastilho para grupos extremistas apelarem a agressões contra imigrantes. “O Vox alimentou o conflito em Torre Pacheco com a sua retórica”, considera Miguel González, do El País, à SÁBADO.

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