Os utilizadores do Metropolitano de Lisboa afirmaram não ter sentido grandes alterações no funcionamento do mesmo, apesar do protesto dos taxistas.
Os utentes do Metropolitano de Lisboa, que viajavam desde a estação do Marquês de Pombal, desvalorizaram hoje o impacto da paralisação dos taxistas no habitual funcionamento deste meio de transporte, indicando que as carruagens já costumam circular "muito cheias".
Já a responsável pela cafetaria que opera dentro da estação do Marquês de Pombal, Isabel Alves, disse à Lusa que hoje, pelo menos até às 13h00, houve "mais movimento", em comparação com o habitual.
"Pareceu-me igual, simplesmente o que verifico, diariamente, a utilizar o metro é que a maioria das carruagens vem muito cheias", afirmou o utente António Leal, enquanto aguardava pela chegada do metro na estação do Marquês de Pombal em direcção à Reboleira, com um período de espera de cerca de cinco minutos.
Na mesma estação de metro, pelas 13h00, Ernesto Miguel disse que não sentiu nenhuma alteração em relação aos dias habituais, em termos de afluência às linhas Azul e Amarela, as quais utiliza diariamente.
Aguardando pelo metro durante o período de almoço, Ana Antunes contou à Lusa que utilizou este meio de transporte na manhã de hoje, pelas 9h30, tal como costuma fazer habitualmente, verificando que "estava muito mais gente à espera".
A Lusa questionou a empresa Metropolitano de Lisboa para saber qual o impacto da concentração dos taxistas no funcionamento do metro, mas até ao momento não foi possível obter resposta.
Os taxistas manifestam-se hoje em Lisboa, Porto e Faro contra a entrada em vigor, em 1 de Novembro, da lei que regula as quatro plataformas electrónicas de transporte que operam em Portugal -- Uber, Taxify, Cabify e Chauffeur Privé.
Desde 2015, este é o quarto grande protesto contra as plataformas que agregam motoristas em carros descaracterizados, cuja regulamentação foi aprovada, depois de muita discussão, no parlamento, em 12 de Julho, com os votos a favor do PS, do PSD e do PAN, os votos contra do BE, do PCP e do PEV, e a abstenção do CDS-PP.
A legislação foi promulgada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em 31 de Agosto.
Os representantes do sector do táxi enviaram à Assembleia da República um pedido para serem hoje recebidos pelos deputados, a quem vão pedir que seja iniciado o procedimento de fiscalização sucessiva da constitucionalidade do diploma e que, até à pronúncia do Tribunal Constitucional, se suspendam os efeitos deste, "por forma a garantir a paz pública".
Um dos principais 'cavalos de batalha' dos taxistas é o facto de na nova regulamentação as plataformas não estarem sujeitas a um regime de contingentes, ou seja, a existência de um número máximo de carros por município ou região, como acontece com os táxis.
Desta vez, os táxis mantêm-se parados nas ruas e não realizam uma marcha lenta. Ao início de tarde, perto de 1.500 carros estavam concentrados nas três cidades, segundo a organização: perto de 1.000 em Lisboa, cerca de 200 em Faro e 280 no Porto.
A dois dias da manifestação, o Governo enviou para as associações do táxi dois projectos que materializam alterações à regulamentação do sector do táxi, algo que os taxistas consideraram "muito poucochinho", defendendo que o objectivo do Governo foi "desviar as atenções" da concentração nacional de hoje.
Utentes do Metro desvalorizam impacto do protesto dos táxis
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