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Um jornal, a política e um diretor feito à medida

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 20 de janeiro de 2019 às 19:00

Um júri de socialistas escolheu um jornalista e ex-assessor de autarcas do PS para mandar no Diário do Alentejo. A confusão instalou-se.

Um concurso público na altura do Natal; com nove dias para apresentar candidatura, dois dos quais um fim de semana, mais um feriado e uma tolerância de ponto; e exigindo vários documentos que têm de ser fornecidos por serviços públicos; um júri formado por três elementos, todos do mesmo partido (PS): se isto parece estanho, é porque é. O concurso público para o lugar de diretor do último jornal público do país, oDiário do Alentejo(DA), levou o diretor cessante a apresentar uma participação noMinistério Públicoe denúncias aoPresidente da Repúblicae à Provedoria de Justiça. E levou o Sindicato dos Jornalistas a emitir um comunicado em que contesta ponto por ponto os moldes em que foi feito. Para culminar, o único candidato que conseguiu efetivamente apresentar-se a concurso já recebia "parabéns senhor diretor" no seu Facebook no dia 20 de Dezembro, ou seja, apenas três dias depois de o concurso ter aberto, no dia 17, e seis antes de terminar.

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