Marinheiros tinham sido condenados a penas de suspensão entre 10 e 90 dias.
O Tribunal Central Administrativo do Sul decidiu, esta quinta-feira, anular a decisão da Marinha em suspender 11 militares do navio NRP Mondego, que, em abril de 2023, se recusaram a cumprir uma missão, alegando falta de condições de segurança. As penas aplicadas passaram pela suspensão de funções entre 10 e 90 dias, “consoante a responsabilidade decorrente da categoria, posto e antiguidade de cada militar, entre outras circunstâncias”, como referiu a Marinha em comunicado.
Almirante Gouveia e Melo
Segundo a Tabela do Tribunal Central Administrativo do Sul, a ação intentada por um militar contra a condenação em processo disciplinar foi “julgada procedente”. Ao mesmo tempo, os juízes Maria Fernandes Correia (relatora), Maria Meirinho e Fernando Pereira decidiram ainda a “nulidade do ato impugnado”, ou seja a decisão do processo disciplinar. Por decidir estão dois recursos de sargentos também condenados.
A 11 de março de 2023, o NRP Mondego falhou uma missão de acompanhamento de um navio russo a norte da ilha de Porto Santo, no arquipélago da Madeira, após quatro sargentos e nove praças se terem recusado a embarcar, alegando razões de segurança. A Marinha participou o sucedido à Polícia Judiciária Militar (PJM), em Lisboa, no âmbito de inquérito criminal e instaurou processos disciplinares.
Marinha vai recorrer da decisão
Em reação à decisão judicial, fonte oficial da Armada adiantou ao CM que "importa esclarecer que o processo em questão diz respeito ao castigo aplicado pelo Comandante Naval, e não pelo Chefe do Estado-Maior da Armada".
"É importante sublinhar que o acórdão em causa ainda não transitou em julgado e será objeto de recurso por parte da Marinha. A maioria dos processos relacionados com este caso tem tido desfechos favoráveis à Marinha, com decisões proferidas tanto por este tribunal como por outras instâncias", acrescentou.
Uma outra fonte militar afirmou ao CM que os dois únicos castigos aplicados por Gouveia e Melo foram aos dois sargentos mais antigos. Estes encontram-se em recurso no Supremo Administrativo, após os militares terem perdido em todas as instâncias anteriores.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Ficaram por ali hora e meia a duas horas, comendo e bebendo, até os algemarem, encapuzarem e levarem de novo para as celas e a rotina dos interrogatórios e torturas.
Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.
Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.