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Transparência. Como os políticos escondem documentos

Marco Alves
Marco Alves 28 de agosto de 2024 às 23:00

Da Lisboa de Carlos Moedas aos governos de Costa e Montenegro, das câmaras comunistas da Margem Sul às juntas do PS e do PSD, políticos de todos os quadrantes recusam mostrar como gastam o dinheiro dos cartões e fundos de maneio que têm nos gabinetes. Recorrem a serviços jurídicos pagos pelo Estado e chegam a invocar "reserva da vida privada". Esta é a história de uma odisseia que dura há dois anos e já originou 42 queixas, 21 processos judiciais e 6 sentenças.

Estávamos no verão de 2023 e a SÁBADO tinha pedido à junta de freguesia das Avenidas Novas, em Lisboa, um conjunto de documentos ao abrigo da Lei de Acesso a Documentos Administrativos, nomeadamente extratos de qualquer cartão bancário titulado pela junta que estivesse em uso pelo executivo nos últimos três mandatos, bem como relatórios dos pagamentos das ajudas de custo e ainda as faturas das despesas feitas com o dinheiro do fundo de maneio – por exemplo, almoços e jantares.

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