O dirigente sindical acrescentou que há equipamentos que abriram parcialmente com recurso a trabalhadores temporários, sem conseguir precisar números concretos.
Vários museus e monumentos estão hoje fechados, entre os quais a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos, devido à greve dos trabalhadores em dias de feriado, indicou o dirigente sindical Orlando Almeida.
João Cortesão / SÁBADO
"Temos a indicação de que fecharam os Jerónimos, Torre de Belém, Castelo de Guimarães, Paço dos Duques, [Museu] Conímbriga, Mosteiro de Alcobaça e Museu dos Coches", disse à Lusa Orlando Almeida, dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS).
Os trabalhadores dos museus e monumentos nacionais estão hoje em greve, no quadro de uma convocação da FNSTFPS para os feriados.
O dirigente sindical acrescentou que há equipamentos que abriram parcialmente com recurso a trabalhadores temporários, sem conseguir precisar números concretos.
"Basicamente é um dia de luta idêntico aos dias anteriores", afirmou, considerando que o balanço é positivo devido aos constrangimentos causados.
"É positivo, tendo em conta que alguns estão com constrangimentos e que alguns, face à sua dimensão, não são necessários muito trabalhadores, às vezes são só um ou dois trabalhadores para se manterem abertos e, de facto, é mais um dia bom de luta, um grande dia de luta", reforçou.
Orlando Almeida reiterou que serão feitos novos pedidos de reuniões com o Ministério da Cultura, Juventude e Desporto e com a Museus e Monumentos de Portugal.
A convocação da greve foi feita na altura da Páscoa, com prazo até 31 de dezembro deste ano, para exigir a valorização do trabalho prestado em dias feriados e também do trabalho suplementar, que os trabalhadores consideram ser insuficientemente pagas.
Até ao momento, não houve, de acordo com a FNSTFPS, resposta da tutela às reivindicações destes trabalhadores.
Em abril, o dirigente sindical tinha indicado à Lusa que a federação se tinha reunido em março com a anterior ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, e com a administração da Museus e Monumentos de Portugal: "Não houve nem abertura para negociar, nem uma proposta sequer" por parte da tutela.
Segundo Orlando Almeida, os trabalhadores dos museus, monumentos e sítios arqueológicos de tutela pública recebem, em dias de feriado, cerca de 15 a 20 euros, o que representa "metade de um dia normal", e são-lhes pagas apenas até duas horas suplementares, embora por vezes tenham de trabalhar mais do que esse tempo no total.
Nos 38 museus, monumentos e palácios nacionais geridos pela Museus e Monumentos de Portugal, entre os quais o Palácio Nacional de Mafra, o Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém, em Lisboa, e o Convento de Cristo, em Tomar, trabalham atualmente cerca de mil funcionários, estimou Orlando Almeida.
A agência Lusa contactou por correio eletrónico a Museus e Monumentos de Portugal sobre a greve e a possibilidade de abertura de negociações com trabalhadores, no início da semana, e a entidade respondeu, através da direção de comunicação: "Nesta fase, não temos comentários adicionais a fazer."
Em 2023, os 38 equipamentos da Museus e Monumentos de Portugal receberam mais de cinco milhões de visitantes.
Torre de Belém e Mosteiro dos Jerónimos entre os monumentos encerrados devido a greve
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"