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"Toca a andar filho da p***": o que aconteceu quando a PSP agrediu adepto

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 13 de novembro de 2019 às 07:00

Acórdão do Tribunal de Guimarães é implacável contra polícias julgados por agredir e cegar adepto do Boavista. Agentes "encobriram em comunhão de esforços a identidade" dos responsáveis.

A vida de João Pedro Adrião mudou para sempre no dia 3 de outubro de 2014. Ao chegar de autocarro ao Estádio D. Afonso Henriques, para ver o seu clube Boavista jogar contra o Vitória de Guimarães, o advogado de 35 anos saiu do veículo, foi revistado e pedido para que prosseguisse a marcha, mas preferiu esperar pelo irmão, que vinha noutra camioneta de passageiros. "Não podes estar aí, toca a andar filho da puta", disse um dos polícias da equipa 42 do Corpo de Intervenção (CI) da PSP. Adrião tentou explicar-se calmamente mas de nada valeu: o agente empurrou-o para o chão, colocou-lhe o joelho por cima das costas, forçando-o a permanecer deitado no solo de cara para baixo. Mais dois agentes juntaram-se às agressões e vários polícias fizeram um semicírculo que bloqueou a chegada de auxílio. 

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