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Tiago Mayan: o liberal inexperiente mas sem papas na língua

Sara Capelo
Sara Capelo 21 de janeiro de 2021 às 20:00

O advogado entrou tímido na corrida, sem qualquer experiência com jornalistas. Distinguiu-se nos debates, chamou troca-tintas a Ventura. Quando a corrida terminar, volta a ser um "cidadão normal" que faz jardinagem.

Tiago Mayan Gonçalves chegou à corrida a Belém como o candidato desconhecido e inexperiente. A primeira vez que entrou num estúdio de televisão foi numa entrevista à TVI, há pouco menos de três meses. "Estou a aprender", confessava àSÁBADO, ainda em dezembro. Nessa altura, recordava ter sido reconhecido uma vez numa paragem num café. Há dias, para provar a sua crescente notoriedade, contou um episódio semelhante num supermercado à SIC. Os debates, no início de janeiro, nas televisões apresentaram-no de facto aos portugueses, colaram-lhe até o selo de "a surpresa" e cresceu nas intenções de voto: representava 0,9% a 18 de dezembro e 2,3% a 14 de janeiro (segundo a Pitagórica paraObservadore TVI a 14 de janeiro). Antes dos debates, numa outra sondagem, tinha 1,1% a 4 de janeiro (Aximage paraJornal de Notícias).

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