Joana Marques Vidal foi acusada de ter cometido "uma ilegalidade" ao retirar a direção do inquérito à PJM, estando em causa "crimes estritamente militares" que "ficaram por investigar".
O ex-diretor da Polícia Judiciária Militar afirmou hoje que o Presidente da República lhe terá garantido que falaria com a ex-Procuradora-Geral da República, depois de queixas suas sobre a direção do inquérito não furto de Tancos.
Ouvido hoje na comissão parlamentar de inquérito ao furto de material de guerra emTancos, Luís Vieira acusou a ex-PGR Joana Marques Vidal de ter cometido "uma ilegalidade" ao retirar a direção do inquérito à Polícia Judiciária Militar (PJM), estando em causa "crimes estritamente militares" que assim "ficaram por investigar".
O ex-diretor nacional daPJM, arguido no processo que investiga o furto e recuperação do material de guerra, contou que na tarde do dia 03 de julho falou com o então ministro da Defesa Nacional sobre o assunto e que Azeredo Lopes lhe terá dito para "aparecer" em Tancos no dia seguinte, porque iria convidar o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a visitar aquela infraestrutura crítica.
Nessa ocasião, depois da visita ao perímetro dos paióis, houve uma "reunião na casa da guarda" na qual, segundo Luís Vieira, o Presidente da República o questionou sobre o andamento das investigações.
Sobre as investigações em curso "não podia dizer nada", mas, disse Luís Vieira, perante "dezenas de testemunhas", disse a Marcelo Rebelo de Sousa que estava preocupado com a posição da PGR sobre a direção do inquérito, que considerou ilegal, e que o fez com insistência.
Logo a seguir ao final da audição, a Presidência da República publicou uma nota no seu "site", referindo que, como o Presidente da República "já disse várias vezes", no final da visita a Tancos "o então Ministro da Defesa trouxe para junto de si o então Diretor da Polícia Judiciária Militar".
"O Presidente da República disse-lhe que haveria de o receber oportunamente, audiência que acabou por nunca se realizar", acrescenta a nota.
Durante a audição, o coronel Luís Vieira contou que Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que "ia falar com a Procuradora-Geral da República e deu um conselho ao ministro da Defesa para falar com a sua colega ministra da Justiça".
"Eu partilhei com o Presidente da República do meu estado de alma com a decisão de a PGR ter violado três leis da Assembleia da República, na interpretação que eu faço, e insisti muitas vezes [no assunto] ao Presidente da República".
Questionado pelo deputado do PSD Rui Silva, que afirmou que "não está a ver o Presidente da República a dizer que ia falar com a Procuradora" sobre o assunto, o coronel Luís Vieira respondeu: "tenho dezenas de testemunhas".
Tancos: Marcelo disponibilizou-se para falar com PGR sobre inquérito
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.
Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.
"Representa tudo o que não sei como dividir. As memórias, os rituais diários, as pequenas tradições. Posso dividir móveis e brinquedos, mas como divido os momentos em que penteava o cabelo da Ema todos os dias enquanto ela se olhava no espelho?"
No meio da negritude da actualidade política, económica e social em Portugal e no resto do Mundo, faz bem vislumbrar, mesmo que por curtos instantes, uma luz.